Marta Luzia Santos Martins, de 32 anos, sofre com câncer de mama metastático e precisa fazer quimioterapia com a medicação kadcyla, de alto custo, a cada 20 dias.
Ela conseguiu na Justiça o direito ao medicamento, no entanto, há 15 dias descobriu que houve um bloqueio e a medicação está indisponível.
"Fui à Casa da Saúde e me informaram primeiro que não tinha, depois falaram que o Governo tinha bloqueado, esse medicação custa em torno de R$ 12 a R$ 16 mil cada dose. Não posso ficar sem tomar, corro risco de morrer, com o tratamento já é difícil, se eu não tomar piora".
Marta conta que descobriu a doença faz três anos, porém começou o tratamento com o novo remédio em abril do ano passado, após varias tentativas.
"Essa é a quinta quimioterapia que faço, nenhum tinha dado certo antes. Fiz cirurgia e comecei esse tratamento no ano passado. Entramos na Defensoria e consegui a liberação, agora fui informada desse bloqueio, vou entrar de novo, só que demora, não tenho tanto tempo".
Agora, com o laudo médico, ela não pode trabalhar e concilia o tratamento com a educação dos filhos, de 6 e 11 anos. No entanto, a família está preocupada com a falta do remédio.
"Meus filhos e minha mãe estão preocupados, estou faz dias sem comer e sem dormir. Já emagreci, não estou conseguindo dormir de preocupação".
Como não é a primeira vez que isso acontece, segundo Marta, a família pensa em realizar alguma ação para conseguir o dinheiro do medicamento e fala do sentimento que tem por não conseguir dar sequência no tratamento mesmo com determinação judicial.
"Da outra fez que fiquei sem, fizemos um almoço e agora estamos vendo se conseguimos novamente, só que é muito revoltante. Eu tenho direito, consegui isso na Justiça”, finaliza.
Outro lado
Em nota, a Casa da Saúde negou o bloqueio da medicação e garantiu que a compra foi solicitada e está em processo licitatório.
“É inverídica a informação de que houve bloqueio. Foi solicitada a compra do medicamento e o devido processo licitatório está em andamento dentro da legislação vigente. A SES (Secretaria de Estado de Saúde) está acompanhando o respectivo caso para que a paciente tenha acesso ao medicamento necessário".
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