O suposto “tratamento precoce” é a defesa, sem embasamento científico, feita pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Eles alegam, sem provas, que o uso de medicamentos como a cloroquina, a hidroxicloroquina e a ivermectina seriam eficazes na prevenção da covid-19. Nesta semana, porém, Pazuello negou ter indicado esses tratamentos. Neste mês, o ministério lançou um aplicativo que incentiva a prescrição desses medicamentos contra o novo coronavírus.
“[Contra o] vírus não tem remédio ainda. Não há um antiviral para a covid-19. […] Não é o remédio de vermes, não é o remédio de malária. Até porque os que tomaram esse remédio, muitos estão no cemitério e há os que estão nos hospitais internados”, disse o prefeito de Curitiba
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Associação Médica Brasileira (ABM) emitiram nota conjunta nesta terça-feira, 19, para rechaçar a existência de um “tratamento precoce” contra o coronavírus. No texto, as entidades também afirmam que “a desinformação dos negacionistas” piora a “devastadora situação da pandemia em nosso País”.
Presidente Jair Bolsonaro com caixa de cloroquina do lado de fora do Palácio da Alvorada
Vacinação em Curitiba
A enfermeira Silvana Maria Bora, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Boa Vista, foi a primeira moradora de Curitiba a receber a vacina Coronavac dentro do programa municipal de imunização.
O ato que marcou o início da vacinação na cidade foi realizado nesta quarta-feira (20), no Centro de Eventos Positivo, no Parque Barigui, chamado pelo prefeito Rafael Greca de “pavilhão da cura”.
Nesta quarta-feira, cerca de 250 profissionais da linha de frente foram vacinados, além de idosos que moram em casas de longa permanência, que serão imunizados in loco.
A expectativa da SMS é imunizar 12 mil profissionais de saúde nesta primeira fase.