Os médicos da Santa Casa de Campo Grande deverão entrar em greve a partir desta segunda-feira (17) por atraso salarial. Os profissionais prometem reduzir os atendimentos até que os salários sejam regularizados.
Conforme nota da Amesc-CG (Associação dos Médicos da Santa Casa de Campo Grande), a categoria optou pela paralização durante assembleia nesta quarta-feira (12). Alguns profissionais estariam, supostamente, sem receber o pagamento há cinco meses, enquanto outros tiveram os salários parcelados, mas não receberam os valores integrais.
Ainda segundo nota, os médicos continuaram a trabalhar sem os salários em dia e, durante uma reunião com a diretoria da unidade, a situação não foi regularizada. A Santa Casa teria negado aos médicos o acesso ao sistema que controla o faturamento da produção.
“Seria uma forma de o médico saber se o serviço que ele realizou confere com a remuneração paga pela Santa Casa. Mas nem isso podemos saber. As contas da Santa Casa são uma caixa preta. A situação fugiu do controle porque, além de não ser pago, o médico não sabe o valor real que tem a receber”, afirma o presidente da Amesc/CG, Alex Cunha Alonso, apontando falta de transparência da unidade com a categoria.
Durante a greve, a escala de trabalho deve ser reduzida ao mínimo previsto para garantir o funcionamento e o atendimento aos pacientes do maior hospital do Estado. Serão reduzidos em 70% os atendimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas e em 30% os atendimentos de urgência e emergência.
Aguardando repasse
A assessoria de imprensa da Santa Casa informou que aguarda o pagamento de quase R$ 14 milhões que estão em atraso pelo Poder Público para efetuar o pagamento.
“A Prefeitura informa que até na segunda efetuará a quitação, pelo menos parcial, destes recursos. A Amesc e alguns médicos que participaram da citada reunião falam em cinco meses de atraso, todavia os médicos seletistas têm apenas este mês em atraso. O vencimento foi na quinta-feira, quinto dia útil, portanto 7 dias. Empresas que prestam serviço médico terceirizado também não sofrem este atraso citado”, diz nota de posicionamento.
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