Foi em meio a pandemia do novo coronavírus, no dia 12 de junho, que Daiana contou ao marido que estava grávida. A notícia foi dada como presente de dia dos namorados e transformou a vida do casal que vive em Curitiba, mas nenhum deles imaginava a batalha que todos teriam que enfrentar pela frente.
Helton da Silva lembra que a gravidez da esposa corria bem até que ela passou a tossir e sentir desconforto para respirar. Foi então que veio o diagnóstico: os dois testaram positivo para covid-19 no dia 28 de novembro. Quatro dias depois, em 2 de dezembro, Daiana sofreu uma piora em seu quadro de saúde e precisou ser hospitalizada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Vita, na capital.
“Ela foi para a UTI, mas com respirador máscara e de manhã eu acordei e já mandei mensagem para ela, mas ela não me respondeu mais. Foi aí que o hospital me ligou e falou que ela tinha sido intubada”, explica Helton.
Diante do caso delicado, a equipe médica que cuida da jovem mãe decidiu que a melhor opção tanto para ela, que está sedada e precisando de ajuda para respirar, como para o bebê seria a realização de uma cesariana de emergência. Isso porque a gravidez dificultava o tratamento da doença e, ao mesmo tempo, a forte sedação usada na paciente poderia prejudicar a criança.
“A própria gestação dificulta a respiração da mulher e isso estava complicando o quadro da mãe. Além de tudo, essas pacientes são sedadas, a gente tem que fazer muito sedativo para a gente conseguir manejar o pulmão melhor. Então, a indicação da cesária é para salvar as duas vidas”, pontua Osni Silvestre, superintendente do hospital.
Antes do parto, ainda houve uma tentativa de transferir Daiana para um hospital com UTI Neonatal, mas não foi possível. Assim, para garantir a segurança do procedimento, a equipe do Hospital Vita contou o apoio de profissionais Hospital Santa Cruz durante o procedimento e no dia 3 de dezembro, às 13h, a pequena Catarina Vitória da Silva nasceu.
Com 39 cm e 1,495 Kg, ela precisou ser transferida para para uma UTI Neonatal logo depois de vir ao mundo. Mas, apesar de inspirar cuidados, os médicos explicam que ela está bem e precisa apenas ganhar peso e se recuperar do nascimento prematuro.
Ainda isolado em casa e se recuperando da covid-19, o pai conheceu a primeira filha pelo celular, enquanto a mãe permanece internada.
“Na quarta-feira acaba meu isolamento, eu posso ir ver a minha filha, daí. Eu vou ficar ao lado dela o tempo que for preciso. A minha esposa está com o quadro estável ainda, está intubada. Nós estamos rezando para que ela se recupere logo”, desaba Helton que não vê a hora de estar com a família reunida em casa.
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