
No último domingo (19), cerca de 60 trabalhadores rurais sem-terra, integrantes da Frente Camponesa de Luta, desocuparam a Fazenda São Marcos, situada no município de Dourados, após uma intervenção do Batalhão de Choque da Polícia Militar. A propriedade, pertencente a Fernando de Barros Bumlai, filho do pecuarista José Carlos Bumlai, havia sido invadida durante a madrugada de sábado.
Contexto e Início da Ocupação
A Fazenda São Marcos, onde anteriormente funcionava a Usina São Fernando, foi alvo da ação dos sem-terra que, segundo relatos, montaram barricadas para impedir a passagem de veículos, ameaçando o gerente da fazenda, Derlei Amorim de Menezes, que tentou negociar pacificamente. A usina foi vendida em 2022 por R$ 661 milhões e encontra-se em processo de desmonte.
Intervenção Policial e Confronto
Após a recusa dos sem-terra em deixar o local, a Polícia Militar acionou o Batalhão de Choque. Com a chegada de dois pelotões, novas tentativas de negociação foram feitas, mas não obtiveram sucesso. Em resposta, os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os trabalhadores, que então pediram tempo para recolher seus pertences.
Durante a operação, foram apreendidos diversos itens, incluindo facões, foices, enxadas, “miguelitos” (tábuas com pregos), arame farpado, coquetéis molotov, fogos de artifício e galões de gasolina. De acordo com a Polícia Militar, os invasores estavam prestes a utilizar os materiais incendiários.
Retirada e Prisão
Com o apoio de veículos fornecidos pelo arrendatário da área, os sem-terra foram retirados da fazenda. Um advogado da Frente Camponesa de Luta acompanhou toda a ação. O suposto líder da invasão, um homem oriundo de Maringá (PR), foi preso, mas liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
Repercussão
O caso levanta novamente questões sobre conflitos agrários no Brasil e a luta pela terra. A atuação da Polícia Militar e as circunstâncias da ocupação chamam atenção para o crescente embate entre trabalhadores rurais sem-terra e grandes proprietários.
A desocupação da Fazenda São Marcos exemplifica os desafios na mediação de conflitos fundiários, destacando a necessidade de diálogo e soluções pacíficas para evitar confrontos e garantir os direitos de todas as partes envolvidas.
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