O PSDB protocolou nesta terça-feira dois pedidos de investigação sobre os gastos da presidente Dilma Rousseff em viagem sigilosa a Portugal, no último sábado. Os tucanos querem que a Comissão de Ética da Presidência, órgão vinculado ao Palácio do Planalto, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliem se houve excessos nas despesas da escala em Lisboa. Dilma e sua comitiva gastaram mais de 71.000 reais durante as 15 horas que passaram na cidade.
Nesta segunda-feira, o PPS também apresentou uma representação à PGR questionando os gastos de Dilma. No requerimento, o partido afirmou que o custo da viagem foi exorbitante e desnecessário.
Na ação encaminhada à PGR nesta terça, os tucanos pedem a investigação sobre possível prática de improbidade administrativa da presidente e também dos ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores), Helena Chagas (Secretaria de Comunicação da Presidência) e José Elito Siqueira (Segurança Institucional), além do Comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, e do assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
A escala em Lisboa ocorreu após a participação de Dilma no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, na última sexta. Ela seguiria para Havana, em Cuba, conforme informou sua agenda oficial. Mas, no meio do caminho, a presidente fez uma parada secreta na capital portuguesa – onde se hospedou em um dos hotéis mais caros da cidade e jantou em restaurante de luxo. “Não é a primeira vez que a presidente da República e sua comitiva realizam escalas supérfluas, sem previsão oficial. Tampouco é a primeira vez em que essas escalas obedecem a um padrão de gastos com hospedagens de luxo a um alto custo para o Erário”, disse o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), em requerimento encaminhado à PGR.
Inicialmente, a Presidência informou que a parada não foi programada, o que justificaria a falta de informação na agenda oficial. No entanto, de acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a passagem de Dilma por Portugal foi comunicada ao governo português com dois dias de antecedência.
“Tudo indica que o Ministro das Relações Exteriores teria mentido para acobertar uma estadia suntuosa, desnecessária e ostentatória da delegação brasileira em Lisboa”, disse Sampaio na representação encaminhada à Comissão de Ética da Presidência. “Diante disso, fica claro que a visita extraoficial da Presidente da República e de sua comitiva não foi movida nem por necessidade nem em razão de condições climáticas adversas."
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