Família indígena pega a chave de casa entregue, no ano passado, na Aldeia Água Bonita (Foto: Divulgação/Governo do Estado)A Agehab (Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul) lançou licitação para construção de 43 casas na Aldeia Água Bonita, na região norte de Campo Grande. A quase 200 famílias indígenas vivem na comunidade rural, localizada na zona de expansão urbana da Capital.
Conforme publicado na edição desta quarta-feira, do Diário Oficial do Estado, as unidades habitacionais terão área unitária de 42,56 m². A abertura do processo está prevista para ocorrer no dia 11 de junho, às 09:00 horas, na Rua Soldado PM Reinaldo de Andrade, 108 – Bloco 1, Bairro Tiradentes.
As casas irão se somar a outras 79, finalizadas no ano passado, após implantação de programa de autoconstrução assistida desenvolvidos entre os moradores. O projeto chegou a ser vencedor do do Prêmio Selo de Mérito 2020, na categoria Relevância Social e Urbana, entregue pela ABC (Associação Brasileira de Cohabs e Agentes Públicos de Habitação).
Antes, as famílias indígenas em situação de vulnerabilidade, moravam em barracos de lona e madeira estão sendo beneficiadas com casas de alvenaria. As unidades habitacionais construídas na aldeia são parte do PNHR (Programa Nacional de Habitação Rural) e contou com a parceria dos governos Federal, Estadual e Municipal.
Parceria entre a Agehab e a prefeitura levou qualificação profissional para indígenas e moradores das regiões próximas. As aulas foram ministradas em salas construídas na própria comunidade. Além da qualificação, os alunos recebem alimentação e um salário mínimo por mês pelos serviços de construção civil na aldeia.
As 198 famílias indígenas que vivem na aldeia são compostas por cerca de 340 crianças. Os moradores são de cinco etnias diferentes: guarani, kaiowá, terena, kadiwéu e guató, além de membros não indígenas.
História – A Aldeia Água Bonita foi criada em 14 de maio de 2001. Na época, foram entregues 60 unidades habitacionais. Porém, a promessa do governo estadual era entregar o dobro de casas. Por isso, em 2014, as famílias também ocuparam outros 11 hectares destinados para as moradias que, até então, não haviam sido construídas.
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