Até a manhã deste sábado (26) o prefeito Alcides Bernal (PP) não procurou lideranças do PT e PSDB para conversar sobre o futuro dele na Câmara de Campo Grande. No começo da semana o PT informou que na quinta-feira (24) poderia deixar a administração, mas o prefeito pediu um tempo, informando que até terça-feira (29) anunciaria mudanças.
Esperançosos, os vereadores Alex do PT e João Rocha (PSDB) disseram que o prefeito chamaria os partidos para conversas no fim de semana. Porém, até o momento, Bernal ainda não entrou em contato com nenhuma das lideranças do PT ou PSDB.
O presidente estadual do PT, Marcus Garcia, informou que o partido deu prazo até terça-feira para Bernal se posicionar, mas até agora não foi chamado para nenhuma conversa. Ele acredita que o prefeito deixará a conversa para o último dia.
O PT informou ao prefeito que só continua na base se ele nomear um secretário de Governo, ampliar a base de sustentação, criar um conselho político e melhorar a relação com a Câmara. O partido tem com o prefeito as secretarias de Obras, com Semy Ferraz, e de Assistência Social, com Thais Helena. A saída do partido também pode influenciar na Câmara, já que Alex do PT só assumiu a vaga depois que Thais foi para a secretaria, visto que ele é primeiro-suplente dela.
O presidente municipal do PSDB, Carlos Alberto de Assis, também informou que até o momento o partido não foi chamado para reunião com Bernal. Porém, deixou claro que o PSDB não está deixando o prefeito, visto que nunca fez parte da administração.
“O pessoal está falando que o PSDB abandonou. O PSDB nunca esteve dentro. Participou da eleição, tinha que escolher alguém e no segundo turno apoiou ele, mas não foi convidado para a festa.Você não pode sair de onde nunca entrou”, justificou.
O presidente municipal do PSDB afirma que o partido sempre esteve disposto a ajudar, mas não foi recebido pelo prefeito. “Se pede ajuda, eu te ofereço. É uma questão de aceitar. Nós não podemos ajudar quem não quer ajuda”, concluiu.
Sem o PT e o PSDB, Bernal pode decretar o fim da administração, já que enfrenta um processo de cassação na Câmara de Campo Grande, onde precisa de pelo menos 10 votos para continuar. Hoje, ele tem como aliados: Cazuza (PP), Luiza Ribeiro (PPS) e Gilmar da Cruz (PRB), que ainda não disseram que não são mais da base.
Se PT e PSDB saírem, o prefeito perde os votos de Alex do PT, Zeca do PT, Ayrton do PT e João Rocha (PSDB). Os vereadores Rose Modesto (PSDB), Waldecy Chocolate (PP) e Edson Shimabukuro (PTB) já foram da base, mas votaram favoráveis a abertura da comissão processante.
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