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SEGUNDO TURNO NO BRASIL

Aécio supera Marina na reta final e vai ao segundo turno contra Dilma

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, e o senador Aécio Neves

5 Out 2014 - 21h11Por UOL NOTÍCIAS

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, e o senador Aécio Neves (PSDB) disputarão o segundo turno da eleição presidencial em 26 de outubro. O candidato tucano ultrapassou a ex-senadora Marina Silva (PSB) na reta final da campanha.

Aécio aparecia em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto até a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, candidato pelo PSB, em um acidente aéreo em Santos, no litoral paulista, em 13 de agosto.

Marina passou, então, de vice a cabeça de chapa do PSB e logo tomou o segundo lugar do tucano na preferência dos eleitores. A ex-ministra do Meio Ambiente chegou a ficar tecnicamente empatada com Dilma em primeiro lugar no começo de setembro.

Alvo de ataques da petista e do tucano, Marina perdeu terreno e acabou superada por Aécio. O empate técnico entre os dois, que marcou o início da virada de Aécio, foi registrado pela primeira vez na pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira (2).

Com a virada na reta final, o senador mineiro evitou um fiasco histórico para o PSDB. Fundado em 1988, o partido só saiu derrotado da disputa presidencial no primeiro turno em 1989 – na ocasião, o candidato tucano era Mário Covas. 

O segundo turno está marcado para o dia 26 de outubro, o último domingo do mês. No horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, o tempo dos programas será dividido igualmente entre as candidaturas. Cada uma terá dez minutos por edição.

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Campanha presidencial 2014 280 fotos

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3.out.2014 - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, faz campanha em Belo Horizonte (MG). Empatado tecnicamente com a candidata Marina Silva (PSB) na disputa pela vaga no segundo turno, Aécio evitou criticar sua principal adversária. O tucano resistiu também em falar sobre uma possível composição PSDB-PSB na segunda fase das eleições. Questionado se concordava com a declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que disse que o "tufão Marina" dá sinais de que vai virar "vento", Aécio desconversou Leia mais Paulo Fonseca/EFE

Trajetórias de Dilma e Aécio

Dilma, 66, e Aécio, 54, têm duas coisas em comum: nasceram em Belo Horizonte e são formados em economia.

A petista nasceu em 14 de dezembro de 1947. Durante a ditadura, integrou organizações como a VAR-Palmares, que defendia a luta armada contra o regime militar. Foi presa e torturada à época.

No fim da ditadura, já no Rio Grande do Sul, ajudou a fundar o PDT. Nos anos 80, foi secretária da Fazenda da Prefeitura de Porto Alegre. Na década seguinte, foi secretária de Minas e Energia do governo gaúcho. Filiou-se ao PT em 2001. No governo Lula, foi ministra de Minas e Energia e ministra-chefe da Casa Civil.

 

Dilma Rousseff
  •  
    Partido: PT
  •  
    Nascimento: 14/12/1947, em Belo Horizonte
  •  
    Ocupação: Presidente da República
  •  
    Vice: Michel Temer (PMDB)
  •  
    Coligação: PT / PMDB / PSD / PP / PR / PROS / PDT / PC do B / PRB

 

Indicada por Luiz Inácio Lula da Silva, disputou sua primeira eleição em 2010 e já como candidata a presidente. Foi ao segundo turno contra José Serra (PSDB) e, com 55,7 milhões de votos, tornou-se a primeira mulher eleita presidente na história do país.

Tomou posse em 1º de janeiro de 2011 e sempre esteve na dianteira das pesquisas durante o mandato. Mesmo com os protestos de junho de 2013, que diminuíram a aprovação de seu governo e suas intenções de voto, as pesquisas indicavam que a presidente era favorita para liquidar a disputa já no primeiro turno.

A tendência de realização de segundo turno surgiu em julho passado, no início oficial da campanha. A presidente passou o ano enfrentando denúncias relacionadas à Petrobras, como o caso do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal. Ele é suspeito de operar um esquema de desvio de recursos da estatal, com o envolvimento de políticos e partidos.

Dilma também enfrentou críticas em relação à condução da política econômica. O PIB (Produto Interno Bruto) do país teve um crescimento de 2% por ano entre 2011 e 2013, a média mais baixa desde o governo Collor. Nos dois primeiros trimestres de 2014, os resultados do indicador foram negativos, o que deixa o país tecnicamente em recessão. A inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 6,51%, ligeiramente acima da meta do governo.

 

Aécio Neves
  •  
    Partido: PSDB
  •  
    Nascimento: 10/3/1960, em Belo Horizonte
  •  
    Ocupação: Senador
  •  
    Vice: Aloysio Nunes Ferreira (PSDB)
  •  
    Coligação: PSDB / PMN / SD / DEM / PEN / PTN / PTB / PTC / PT do B

 

Nascido em 10 de março de 1960, Aécio foi secretário particular do avô Tancredo Neves quando este assumiu o governo de Minas Gerais, em 1983. Tancredo venceu a eleição indireta para presidente em 1985 e se tornaria o primeiro presidente civil depois de 21 anos de ditadura, mas adoeceu e morreu sem tomar posse.

Filiado ao PMDB, Aécio elegeu-se deputado federal por Minas Gerais em 1986. Foi reeleito, já pelo PSDB, em 1990, 1994 e 1998. Presidiu a Câmara entre 2001 e 2002, ano em que venceu a disputa eleitoral pelo governo mineiro. Foi reeleito em 2006 e obteve uma vaga no Senado em 2010.

Durante a campanha presidencial, o tucano também se viu às voltas com denúncias. Em julho, a "Folha de S.Paulo" revelou que o governo de Minas Gerais gastou quase R$ 14 milhões para construir um aeroporto dentro de uma fazenda de um parente do senador tucano, no fim de seu segundo mandato como governador do Estado. Construído no município de Cláudio, a 150 km de Belo Horizonte, o aeroporto é administrado por parentes de Aécio.

Os adversários procuraram associar a imagem de Aécio aos escândalos da era Fernando Henrique Cardoso (1995-1998 e 1999-2002), como a denúncia de compra de votos no Congresso para a aprovação da emenda que instituiu a possibilidade de reeleição. O tucano também recebeu críticas quando afirmou que o economista Armínio Fraga, presidente do Banco Central durante o governo FHC, seria seu ministro da Fazenda. Para os críticos, Armínio representa uma linha de pensamento econômico menos preocupada com o combate ao desemprego.

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