Após ser preso em um hotel no município de Fátima do Sul na noite de ontem, Rafael London Marques da Silva, de 27 anos, acusado de matar e enterrar a mulher em Dourados, disse que o crime teria sido um “acidente”. O corpo da vítima foi encontrado na manhã de ontem, aos fundos de um residencial de quitinetes o qual o rapaz é proprietário.
Durante depoimento prestado às autoridades, ele alegou que há cerca de 60 dias, estava na casa do pai, localizada na Avenida Presidente Vargas, quando iniciou uma discussão com esposa e empresária Márcia da Costa Moreira, de 34 anos. Ele contou que fez as malas e entrou no carro para ir embora; ao dar ré, acabou atropelando ‘acidentalmente’ a mulher.
Ele ainda detalhou que ouviu gritos enquanto manobrava o veículo, mas imaginou que teriam vindo de dentro da casa. Em seguida, viu que tinha atropelado a mulher. Preocupado com a situação, ele aproveitou que ela estava gravemente ferida e decidiu matá-la. Márcia foi levada para o residencial de quitinetes onde acabou estrangulada.
Após o crime, Rafael enrolou a empresária com sacos plásticos e amarrou o pescoço dela com uma corda. O rapaz contou que depois disso, enterrou o corpo e tentou levar uma vida normal, para não levantar nenhuma suspeita. Depois ser detido, o homem foi trazido para o 1° Distrito Policial de Dourados, sendo autuado em flagrante pelo delegado Edimar Batistela, por ocultação de cadáver e homicídio.
Investigações
A polícia, por sua vez, não acredita na história, já que há outros indícios. A principal hipótese é de que a empresária tenha sido morta com golpes na cabeça, pois o corpo apresentava traumatismo craniano. A casa do pai do acusado teve as paredes da sala repintadas, assim como o piso, porém, na parte de dentro da porta foram encontradas manchas de sangue.
Antes de ser encaminhado para a Penitenciária Harry Amorim Costa (Phac), Rafael deverá prestar mais esclarecimentos à delegada Magali Cordeiro Leite, responsável pelo caso. Toda a história veio à tona depois que a mãe da vítima, Maria Ribeiro, de 48 anos, residente no interior do Paraná, chegou a Dourados quarta-feira para denunciar o sumiço da filha com a qual não conseguia manter contato a vários dias.
Durante depoimento, Maria disse que tentava ligar para a Márcia, mas o telefone vivia desligado. Ela só ficou sabendo do desaparecimento depois que recebeu de surpresa, em sua casa, o neto de 13 anos. O garoto, segundo ela, foi colocado num ônibus por uma mulher desconhecida com destino à casa da avó. Na manhã de ontem, através de um advogado, o acusado apontou aonde estaria o corpo.
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