Vinte e três pessoas foram presas ontem (10) acusadas de fraudar o vestibular para Medicina da Universidade Anhanguera/Uniderp, em Campo Grande. Entre os detidos estão um menor, dois sul-mato-grossenses e dois alunos que já cursavam Medicina em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Os outros vieram de estados, como Pará, Minas Gerais, Goiânia e Mato Grosso. De acordo com a polícia, eles pagariam de R$ 1,5 mil a R$ 30 mil à quadrilha de fraudadores caso fossem selecionados. Os candidatos utilizaram escutas eletrônicas e celulares, pelos quais recebiam mensagens com as respostas. Uma das mensagens chegou a alertar o aluno sobre o flagra: “Tira da orelha (o ponto) agora! Tira! Tem gente olhando na saída!”.
O primeiro flagrante foi feito por um fiscal da universidade. O rapaz informou que era brasileiro, mas que cursava o 9º ano de Medicina na Bolívia e teria adquirido o equipamento eletrônico por R$ 300. Se fosse aprovado, pagaria outros R$ 1,5 mil. Depois, foi feito pente fino nas salas, daí as 23 prisões. “No depoimento, o primeiro detido disse que uma amiga também estava usando o ponto. Ela foi identificada e nos informou que recebeu uma oferta em Marília (SP) e por meio do Facebook manteve contato com a pessoa que ajudaria na fraude”, disse o tenente da Polícia Militar, Fernando da Costa Neves.
A garota informou à polícia que a pessoa que a abordou se identificou apenas como Thainara e que ela teria um amigo com meios de fraudar o vestibular de medicina. Ela pagaria o valor combinado e um taxista entregaria o ponto na rodoviária de Campo Grande. “Soubemos que várias pessoas também foram abordadas ao chegar na cidade, ao descer no aeroporto, rodoviária e táxis”, conta o tenente. Os 23 estudantes foram ouvidos pelo delegado da Depac Centro, Geraldo Marim Barbosa que arbitrou fiança de três salários mínimos (R$ 2.034).
Durante a abordagem policial, quatro pessoas tiveram que ser levadas ao Posto de Saúde do Bairro Guanandi para a retirada dos pontos, já que, na possibilidade de serem pegos, tentaram esconder o aparelho apertando-o contra o tímpano. Os transmissores estavam escondidos nas partes íntimas dos candidatos, segundo a polícia.
Nota
De acordo com a assessoria de imprensa da Uniderp, “a Universidade utiliza vários procedimentos para evitar qualquer tipo de fraude, do início ao fim do vestibular. Uma equipe de fiscais foi treinada para monitorar possíveis fraudes”.
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