A pista de pouso e decolagem clandestina supostamente utilizada para o narcotráfico em Mato Grosso do Sul continua aberta a criminalidade. É que apesar de uma decisão judicial no início do ano para destruí-la, o Incra enfrenta entraves burocráticos para cumprir a determinação. A pista está localizada em área da reserva ambiental às margens do Rio Apa, na divisa entre Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
Em setembro deste ano o Incra explicou que para implodir a pista seriam necessários artefatos do Exército que já informou que só atua com os explosivos em situações de guerra, o que não seria o caso. De lá para cá nada mudou. Por causa disso, o Incra de Mato Grosso do Sul diz que vai abrir processo para a locação de maquinários.
O objetivo é garantir que a pista será destruída. Porém, até agora não há nenhuma previsão de quando estes equipamentos estarão disponíveis. Conforme o Incra, a pista está localizada dentro do Assentamento Caracol, localizado na cidade de Bela Vista.
A decisão judicial que determina a implosão da pista entendeu que o local estaria funcionando na clandestinidade e ilegalidade. A mesma sentença judicial decidiu pela reintegração de posse de oito lotes que estavam em poder do assentado acusado de construir a clandestina. Ele alega que a pista era utilizada para fins de agrícolas.
A denúncia partiu do Incra e do Ibama que constataram em vistoria que o dono do lote no assentamento teria causado uma devastação de 200 hectares em reserva natural as margens do Rio Apa para construir a pista. Denúncias dão conta de que, por ser totalmente iluminada, a pista seria utilizada para atividades diurnas e noturnas. A Polícia investiga se o local era utilizado para fins ilícitos como o tráfico.
De acordo com o Incra, os problemas no Assentamento Caracol se arrastam desde 2006. Nestes lotes, o assentado cultivava soja e arroz. O assentamento foi criado na década de 90 e há denúncias do Incra de que o local foi comprado de forma irregular pelo atual proprietário. Ele afirmou que comprou o lote de um outro assentado e, desde 2004, vinha ocupando o local.
O Ministério Público Estadual (MPE) também investigou o acusado por conta do desmatamento da área de preservação permanente do assentamento e a colocação de tubos de captação de água do Rio Apa para a construção de uma base de energia para irrigação da lavoura de arroz.
Participe do nosso canal no WhatsApp
Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.
Participar