Uma mulher que tinha medida protetiva contra um homem foi abordada por ele dentro de um ônibus e, aparentemente, forçada a descer do coletivo, na noite dessa quarta-feira (17), em Campo Grande. Ela pedia para que o suspeito se afastasse e implorava por socorro. De acordo com a polícia, o motorista e nenhum um dos passageiros interviram a favor dela.
O vídeo foi feito um passageiro e encaminhado à TV Morena. As imagens mostram que o homem entra no ônibus logo após ela, que pede ajuda e fala da medida protetiva. Enquanto isso, ele a chama de amor e os dois descem juntos. Ela parece ter descido à força.
"Não! Não! Me deixa ir embora. Me ajuda, gente! Me deixa ir embora!", diz a mulher. O homem então pede para que ela pare. "Amor, para com isso, amor". A mulher continua. "Me deixa ir. Ele tem uma medida protetiva para não chegar perto de mim. Eu falei para não abrir a porta moço".
De acordo com a delegada da mulher, Joilce Ramos, todos que estavam dentro do ônibus deveriam ajudar a mulher que implorava por socorro, mas, ninguém faz nada. O motorista tinha a obrigação legal e deveria ter fechado a porta do coletivo e se dirigido para delegacia mais próxima. Ela ainda ressalta que outros homens poderiam unir força e contê-lo até a polícia chegar.
Homem descumpri ordem judicial e obriga mulher a descer de ônibus, em Campo Grande. — Foto: Reprodução/TV Morena
Segundo a subsecretária da Mulher de Campo Grande, Carla Stephanini, existe uma lei municipal que combate o abuso sexual dentro dos coletivos, ao mesmo tempo que os motoristas de ônibus passam por reciclagem para saber como agir em uma situação como essa.
"O que nos observamos nesse triste episódio, tanto a população que tem essa informação, a vítima tem a informação porque ele pede socorro, mas falhou nesse momento o condutor do veículo que efetivamente não deveria ter deixado o agressor subir", explica.
O diretor presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, informou que os motoristas fazem reciclagem toda vez que retornam das férias e que o motorista tem o dever de conter qualquer ato de violência dentro do transporte coletivo.
A empresa também disse que irá buscar as imagens das câmeras de segurança, vai conversar com o motorista e verificar qual o relatório feito no final da corrida. O diretor ressaltou que todo condutor tem que relatar a rotina do dia a dia e uma situação como essa, obrigatoriamente deveria constar no diário de bordo do ônibus.
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