Um mecânico espanhol está encrencado na Europa. Segundo o jornal "The Wall Street Journal", José María Calero fazia réplicas de superesportivos em seus armazéns sem a autorização das montadoras e agora está sendo processado.
Feitos na maioria sobre a base de antigos modelos da Toyota e utilizando peças adaptadas, as imitações de Ferrari e de Aston Martin eram vendidas por 40 mil euros (quase R$ 130 mil), cerca 20% do preço dos modelos originais.
Divulgação/Policia Nacional Espanhola | ||
Réplica de Ferrari F430 conversível apreendida pela polícia espanhola; modelo traz até o símbolo do 'Cavallino Rampante' no capô |
De acordo com a publicação norte-americana, a Ferrari tomou conhecimento do que o mecânico estava fazendo e alertou a polícia espanhola. Em julho, as autoridades fecharam as linhas de montagens. Além de 17 réplicas da marca italiana, foram apreendidas duas cópias de esportivos ingleses.
Divulgação/Policia Nacional Espanhola | ||
Um dos modelos apreendidos ainda não tinha a cabine terminada; processo de confecção era aparentemente rústico |
Montadoras alegam que esse tipo de cópia desvalorizam seus modelos. Do outro lado, o mecânico se defende alegando que investiu 400.000 euros (aproximadamente R$ 1,7 milhões) em ferramental e que empregava 13 pessoas.
Ainda segundo o jornal, não há um juiz designado para o caso. Mas Calero já se dá por vencido, alegando que um processo longo esgotaria os seus recursos. "A Ferrari já ganhou", afirma.
Divulgação/Policia Nacional Espanhola | ||
Montagem de fotos mostra detalhes das cópias de Ferrari; no alto, à direita, o motor Toyota instalado na dianteira; F430 original tem propulsor traseiro |
FICÇÃO VS REALIDADE
Este não é o primeiro caso de réplicas não autorizadas. De acordo com o periódico, casos como o do espanhol vêm crescendo. O acontecimento mais famoso aconteceu em fevereiro do ano passado, na Califórnia (EUA).
Uma empresa que ostenta o nome 'Gotham Garage' foi acusada e condenada pela corte americana por fazer Batmóveis sem a autorização da produtora de filmes Warner Brother Co.
O juiz responsável pelo caso, Ronald S.W. Lew, afirmou em sua decisão que o nome e a imagem do meio de locomoção do super-herói das obras de ficção são também protegidos no mundo real pelos direitos autorais.
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