Uma mulher de 71 anos morreu Campo Grande-MS após esperar por mais de sete horas uma internação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Leblon. Não bastasse o trágico ocorrido, seus filhos ainda foram multados por críticas ao médico responsável pelo caso. As informações são do UOL.
A morte de Maria do Carmo de Sousa Oliveira aconteceu em 9 de junho deste ano. Nos dias seguintes, os filhos da idosa, Evandro e Edivânia, fizeram duras críticas nas redes sociais ao médico, acusando-o de negligência e assassinato.
“Mataram minha mãe!”, escreveu Evandro no Facebook. O rapaz, que é enfermeiro, afirmou que o médico da UPA “dificultou a transferência para uma unidade hospitalar” e “se negou a mandar a imagem do eletrocardiograma solicitada várias vezes pela regulação para que fosse agilizada uma vaga em hospital”. As publicações foram compartilhadas por Edivânia.
Advogado do médico, David Frizzo afirmou que seu cliente ficou “bastante abalado” com o caso, sofrendo com “comentários” na UPA, tanto de pacientes quanto de colegas. “Não é fácil para sua família ver você sendo acusado de ‘matar’ a mãe de alguém”, argumentou.
O juiz Fábio Ferreira de Souza considerou que "A utilização de expressões como 'assassino' e 'doutor da morte' (...) é suficiente para afrontar a honra e integridade moral de quem ocupa um cargo público". E avaliou tratar-se de "fato suficiente a embasar a condenação por danos morais", com multa de R$ 10 mil.
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