O delegado Camilo Kettenhuber Cavalheiro, titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil, disse, nesta quarta-feira (16), que ações interruptas dos Policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações) foram cruciais para identificar os quatro suspeitos de assassinar Ronaldo Nepomuceno Neves, 48 anos, encontrado morto na cachoeira do Céuzinho, no dia 12 de setembro.
“É importante destacar que a partir do instante que a polícia foi acionada para atender esse local, na cachoeira do Céuzinho, os trabalhos preliminares começaram, perícia, levantamentos, os policiais do GOI, de forma interrupta desenvolveram os trabalhos de investigação de campo. A partir daí, conseguimos começar a identificar os suspeitos, tivemos confrontações, oitivas informais e chegamos inicialmente a um envolvido, posteriormente a outros dois envolvidos e, por fim, ontem pela manhã, capturamos o último integrante envolvido nesse crime bárbaro que chocou a população”, explica o delegado.
Segundo Camilo, a vítima fatal teria torturado um dos suspeitos, que teria subtraído objetos de seu estabelecimento. “O suspeito de subtrair objetos conseguiu se soltar. A vítima posteriormente foi até a chacrinha onde estavam os demais integrantes, ali a retiveram e começaram atos de tortura, que culminaram com sua desova na cachoeira. As torturas começaram por volta das 17 horas, houve asfixia, princípio de enforcamento”.
O delegado destaca que Ronaldo implorou mais de uma vez para não ser morto, mas foi torturado e executado. “A vítima fatal foi judiada e implorou pela vida. Um dos autores confessou isso, porém, com receio de que a vítima fatal, caso não a matassem, acionasse a polícia, ou até mesmo, até a vítima poderia voltar e matá-los, decidiram, em comum acordo, colocar fim à vida do Ronaldo. Pelas circunstâncias objetivas, pelas confissões, acreditamos que essa vítima tenha saído da chacrinha com vida, porém, um pouco atordoada, por estar sofrendo tortura. Chegando ao local, ela acabou sendo estrangulada e, posteriormente, agredida com golpes de frascos de garrafa, pedras na cabeça. Decidiram jogar gasolina no corpo e na caminhonete para dificultar ainda mais o trabalho da polícia”.
Sobre a prisão dos quatro envolvidos no crime, o delegado afirma que todos foram autuados por homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima.
Delegado Camilo Kettenhuber CavalheiroFoto: William Leite
“Inicialmente, é imperioso destacar que, apesar de transcorrido o prazo de 72 horas, o flagrante não tem prazo, enquanto perdurarem as investigações. O flagrante pode acontecer desde que as investigações sejam realizadas de forma interrupta. Os policiais desenvolveram, desde o momento do fato, diligencias interruptas, é importante destacar que todos foram autuados por homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima. Dois indiciados autuados pelo crime de tráfico de drogas e resistência. Quando policiais deram voz de parada, ele se recusou, teve que utilizar força moderada, indiciamos pela resistência”
“A princípio não configura formação de quadrilha, precisa ter estabilidade permanência, mas não descartamos que isso fica caracterizado. Todos tinham passagem pela polícia, de roubo, tráfico de drogas e outros crimes”, finaliza o delegado.
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