A Força Nacional vai auxiliar a Polícia Militar na segurança da área urbana de Ponta Porã, cidade que vem registrando alto índice de roubos, homicídios e crimes de pistolagem. A Portaria que dispõe sobre a permanência da Força Nacional no município foi publicada no Diário Oficial da União.
No dia 10 de julho, oficio encaminhado pelo prefeito Ludimar Novaes, para secretária nacional de Segurança Pública, Regina Maria Filomena de Luca Miki, informou que Ponta Porã é cidade gêmea de Pedro Juan Caballero, Paraguai, apresentando problemas característicos de uma região de fronteira.
“São muitas as dificuldades enfrentadas, tais como narcotráfico, contrabando, lavagem de dinheiro, tráfico de armas, roubo de carros, comércio de órgãos, pirataria, homicídios e crimes de pistolagem, entre outros. A região de fronteira é vista como oportunidade para a impunidade”, relatou o oficio encaminhado pelo prefeito.
No documento, a prefeitura informou, também, à secretária nacional, que a população vive apreensiva com a escalada da violência, mesmo com a Força Nacional estando presente, mas que a mesma não atuava no perímetro urbano em apoio à Polícia Militar. No mesmo documento o Governo Municipal pediu apoio às ações do 4º Batalhão e também da Guarda Civil Municipal.
No dia 30 de julho, o Ministro da Justiça publicou a portaria, na qual garante a presença da Força Nacional atuando em apoio às forças de segurança do Estado, no caso de Ponta Porã, junto aos policiais do 4º Batalhão de Polícia Militar. O trabalho será garantindo pelos próximos seis meses.
Protesto
Ontem, a população realizou a primeira ação “Ponta Porã de Joelhos”, uma forma de protestar contra a violência na cidade. Trajados de preto, centenas de pessoas percorreram a avenida Brasil, a principal da cidade. Com cartazes, faixas e fotos de vítimas, os moradores clamaram por paz e justiça. Durante o manifesto, a população se pôs de joelhos e cantou o Hino Nacional Brasileiro.
A maioria de empresários do município já foi assaltada várias vezes. Fortemente armados, os bandidos chegam nos estabelecimentos, fazem ameaças e levam todo o dinheiro.
Novos protestos estão agendados na cidade. Um deles ocorrerá em 7 de setembro, durante o desfile cívico.
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