Os casos de violência doméstica tiveram aumento significativo nos últimos anos em Mato Grosso do Sul. De janeiro até agora a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) registrou 5.296 casos em Campo Grande.
Mais um caso foi registrado na noite desta segunda-feira (24), por volta das 22h30, no Bairro Paulo Coelho Machado. Uma mulher de 30 anos foi agredida pelo companheiro depois de uma discussão do casal.
O enfermeiro A.M.S.P. depois de brigar com a companheira tentou enforcá-la e jogá-la do apartamento em que moram. A vítima foi muito agredida e só conseguiu escapar depois que os moradores a salvaram.
O autor depois de praticar as agressões fugiu levando todo o salário da vítima. Ela foi socorrida e encaminhada para a Santa Casa. Na manhã desta terça-feira (25), a vítima foi ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para realizar o exame de corpo de delito.
De acordo com a delegada do Deam, Rosely Molina, a demanda da delegacia tem sido muito grande nos últimos anos em virtude do número de casos de violência contra a mulher. A delegada explicou que cada caso tem de ser apurado para saber quais as medidas e a punição que serão aplicadas.
Rosely Molina disse que muitas mulheres demoram ainda para registrar a violência por vários motivos e um fator que conta muito é a questão socioeconômica e cultural. A delegada garante que a delegacia está preparada para atender essas mulheres e dar toda a assistência necessária.
No caso específico do enfermeiro, a delegada disse que o primeiro passo é instaurar o inquérito para apurar as circunstâncias. Molina disse que quando a vítima solicita a medida protetiva, a petição sai em caráter de urgência e a prisão do autor é requerida.
A delegada disse que existe o setor psicossocial para auxiliar as vítimas de violência. “Aqui temos trabalhado bastante para ajudar as vítimas de violência e a delegacia está preparada para dar toda a assistência que ela necessite”, afirma.
Molina disse que cada caso tem de ser avaliado para saber em qual crime o autor se enquadra e qual a punição. No caso citado, ele pode ser enquadrado no crime de ameaça, furto, apropriação indébita e lesão corporal dolosa (violência doméstica).
A delegada disse que existe um projeto que está em estudo em Mato Grosso do Sul para implantar o Botão do Pânico, que é um dispositivo de segurança preventiva. O aparelho serve para fiscalizar as vítimas de violência doméstica.
Participe do nosso canal no WhatsApp
Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.
Participar