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COTIDIANO

Consumo de cocaína no Brasil mais que dobra em 10 anos

5 Mar 2014 - 13h23

O consumo de cocaína no Brasil mais que dobrou em menos de dez anos e já é quatro vezes superior à média mundial. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (4) pelo Conselho Internacional de Controle de Narcóticos, entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), em seu informe anual.

A entidade também critica a liberalização do consumo de maconha no Uruguai e regiões dos EUA e alerta: jovens sul-americanos parecem ter uma "baixa percepção do risco" que representa o consumo de maconha.

Em 2005, a entidade apontava que 0,7% da população entre 12 e 65 anos consumia cocaína no Brasil. Ao fim de 2011, a taxa chegou a 1,75%. De acordo com os dados da ONU, o consumo brasileiro é bem superior à média mundial, de 0,4% da população. A média brasileira também supera a da América do Sul, com 1,3%, e é mesmo superior à da América do Norte, com 1,5%.

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Consumir cocaína na forma injetável vicia mais fácil? VERDADE: embora a substância seja a mesma, a forma aspirável da cocaína causa menos dependência, ou, ao menos, demora mais para viciar, explica o o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, da Unifesp: "Na forma injetável a concentração da droga no sangue sobe rapidamente. E sempre que o "pico" de ação da droga é maior, maior o risco de dependência" Leia mais Thinkstock

O Brasil, segundo o informe anual, se consolidou não apenas como rota da cocaína dos Andes para a Europa como também passou a ser um mercado fundamental. Em 2012, as maiores apreensões de cocaína no Brasil ocorreram a partir de carregamentos da Bolívia, seguidos por Peru e Colômbia.

Citando o governo brasileiro, a ONU aponta que o Brasil apreendeu em 2012 um volume recorde de 339 mil tabletes de ecstasy, cerca de 70 quilos. A média dos últimos dez anos aponta que as apreensões são de menos de 1 quilo por ano.

Em 2012, houve ainda 10 mil unidades de anfetamina retidas, além de 65 mil unidades de alucinógenos, o maior volume desde 2007. O centro da produção de heroína no mundo continua sendo o Afeganistão, onde o cultivo bateu recordes em 2013 - 39% acima da área de 2012.

Se o consumo brasileiro cresceu, a ONU constatou uma queda no cultivo da coca na América do Sul em 2012. No total, 133 mil hectares foram plantados, 13% menos do que em 2011. O Peru se consolidou como líder, com 45% do total, seguido por Colômbia e Bolívia, com 36% e 19%, respectivamente.

Na Bolívia, o maior fornecedor brasileiro, a queda no cultivo foi de 7% - e 11 mil hectares de coca foram erradicados. Em 2012, a Colômbia erradicou 30 mil hectares, 25% do total. A área total de plantação chegou a 48 mil hectares, o menor nível registrado desde 1995. "O fornecimento da cocaína sul-americana no mercado global parece se estabilizar ou mesmo cair em comparação a 2007", indica o informe.

Se a cocaína cai, o confisco de "grandes quantidades de maconha" na América do Sul "sugere um possível aumento na produção de maconha da região nos últimos anos", segundo a ONU. A apreensão de maconha teve uma forte queda no Brasil entre 2011 e 2012, de 174 toneladas para apenas 11,2 toneladas. Além disso, 21,7 hectares de cultivo foram erradicados no ano.

Conheça esconderijos usados por traficantes para transportar drogas53 fotos

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9.set.2013 - Mulher tentou embarcar com dois quilos de cocaína escondidos em uma barriga falsa e foi presa em flagrante por policiais federais no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, no Mato Grosso. Ela e outra mulher estavam embarcando para a Itália quando foram abordadas pelos oficiais, que atendiam a uma denúncia anônima PF-MT/Divulgação

Segundo a ONU, a maconha continua sendo a droga mais consumida na América do Sul, por cerca de 14,9 milhões de pessoas. O número é 4,5 vezes o total dos usuários de cocaína. Uma vez mais o Brasil é destaque. "A prevalência do abuso de maconha aumentou significativamente na região nos últimos anos, em especial no Brasil."

A entidade ligada à ONU deixou clara sua preocupação diante de leis que regularizam o consumo. "O Conselho nota com preocupação a baixa percepção de risco diante do consumo da maconha entre a população jovem em alguns países sul-americanos", indica, apontando para estudos que mostram que 60% dos jovens no Uruguai consideram o risco do uso baixo. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

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