Mato Grosso do Sul é o terceiro estado do Brasil em número de integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) dentro de cadeias. Além disso, MS ainda faz divisa com São Paulo, o maior estado com integrantes da organização criminosa, com o Paraná, o segundo na contagem, e com a Bolívia e o Paraguai, os únicos dois países, além do Brasil, que aparecem com integrantes em seus territórios.
Esses dados são de uma investigação de três anos e meio do Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo, que concluiu o maior mapeamento da história do crime organizado no País. De acordo com os dados, Mato Grosso do Sul possui hoje 558 integrantes reconhecidos como membros do PCC. Desses, 488 estão em presídios e 77 estão soltos.
São Paulo aparece como o estado que possui maioria absoluta de integrantes da organização criminosa com 7.800. O Paraná aparece em segundo lugar com 626 criminosos. No Paraguai são 39 membros, 11 presos e 28 soltos. Na Bolívia estão mapeados 18 integrantes, todos soltos.
Mato Grosso do Sul funciona como funil da rota para o tráfico de entorpecentes, onde as drogas entram no país, trocados por carros e dinheiro no Paraguai e na Bolívia. A investigação identificou que a organização criminosa possui cerca de 11.400 membros em 22 Estados, no Paraguai e na Bolívia. Além disso, descobriu que ela movimenta R$ 120 milhões por ano e discutiu ataques a autoridades do governo do Estado.
Em Campo Grande, entre os detentos nas penitenciárias masculinas e femininas e em todas as unidades prisionais, atualmente a população carcerária é de 5.414. Em Mato Grosso do Sul esse número é de 12.286 pessoas.
O titular da delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (DECO) João Eduardo Davanço, afirma que o estado, atualmente, ainda é um lugar tranquilo. “Nós tivemos um único caso em Três Lagoas que foi reprimido imediatamente. Também possuímos uma inteligência que trabalha focada no combate a qualquer tipo de organização criminosa. Posso dizer com certeza que MS é um local seguro graças ao trabalho da Polícia Civil”.
A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) informou através da assessoria de imprensa que não recebeu, oficialmente, nenhuma investigação e que desconhece a colocação do Estado na investigação. O coronel Deusdete Souza de Oliveira afirma ainda que não comenta questões relacionadas à inteligência policial.
O MPE de São Paulo confirma a realização da investigação e afirma que o documento foi apresentado a justiça no dia 11 de setembro. No entanto, atualmente o processo corre em segredo de justiça e os promotores não falam sobre as investigações.
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