Nas celas da Penitenciária de Segurança Máxima de Dourado a capacidade é para 718 detentos. Mas, nesta sexta feira (25), a superlotação bateu recorde, com 2.056 internos, e a previsão é de que, até o final do dia, o número suba para 2.060.
Em entrevista ao site Dourados Agora, de notícias locais, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Dourados, Márcio Fortini, afirmou que a entidade checou as condições dos detentos e, diante da situação, elaborou um relatório completo que foi entregue às principais autoridades estaduais e federais.
No documento, Fortini disse que pontuou as principais reclamações dos encarcerados e a OAB espera que seja tomada alguma atitude. Entre as observações dos detentos, está a falta de saneamento básico, como falta de água e esgoto, além de assistência médica precária.
Mas a principal reclamação dos detentos é em relação à demora no andamento dos processos. Segundo Fortini, muitos deles acreditam que poderiam estar em liberdade se os trâmites jurídicos fossem acelerados.
Ainda segundo o Dourados Agora, Fortini destacou que o problema no sistema carcerário é em todo o Brasil. Ele afirma que no País existe um déficit de 200 mil vagas em presídios, e ainda há aproximadamente 500 mil mandados de prisão em aberto, prestes a serem cumpridos.
“A mudança é lenta, ocorre a longo prazo, mas algumas medidas como a construção de novos presídios, mais agilidade nos processos jurídicos e a mudança do Código Penal com implantação de penas alternativas, acredito que possam desafogar as prisões”, concluiu Fortini.
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