O crime organizado criou um sistema de comunicação alternativo ao telefone celular para manter os negócios em funcionamento sem a interferência da polícia e do Ministério Público Estadual (MPE) no estado de São Paulo. É o chamado "bate-bola" - envio de mensagens de dentro do presídio para as ruas. O sistema é dominado por integrantes da cúpula da facção que comanda os presídios paulistas e exercem a função de "sintonia da rua" - ou seja, mantém a coesão e a ordem segundo as normas da facção entre presos ou bandidos livres.
De acordo com as investigações do MPE, os criminosos da cúpula mandariam "pipas" para as ruas, como são chamados os bilhetes por meio de mulheres, as pontes. "Essas mulheres levam semanalmente os bilhetes ocultos nos órgãos genitais para dentro dos presídios e após a "visita" trazem a resposta para os comandados na rua", afirmaram os 23 promotores de todos os Grupos de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaecos) no Estado de São Paulo.
Para manter o fornecimento de celulares nas cadeias, a facção comprou um "portal", como os detentos chamam os detectores de metal iguais aos usados por bancos. O objetivo era fazer testes para encontrar uma forma de passar telefone pelo detector sem o aparelho ser percebido.
A operação, aparentemente custosa, tinha como objetivo diminuir os gastos da facção, pois agentes corruptos estavam pedindo até R$ 25 mil para deixar entrar um único telefone na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, onde está presa a maioria da cúpula do PCC. Se há a necessidade de contato mais rápido, os bandidos mobilizam advogados que servem de pombo-correio para o crime.
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