Dos mortos, cinco foram decapitados e três carbonizados. A disputa entre os grupos começou por volta das 13 horas daquele dia.
De acordo com o portal 'Porã News', detentos utilizaram armas artesanais durante o conflito. No entanto, tiros foram ouvidos de dentro da unidade. Entre os mortos, está um integrante do PCC (facção cque controla o tráfico de drogas e armas nas fronteiras de MS), morto na disputa com o Clã Rotela, quadrilha rival (leia mais abixo).
A revanche foi orquestrada pelo líder do Clã, Armando Rotela, conhecido como 'Rei do Crack', para se vingar da última sexta-feira (14), quando ocorrência parecida foi registrada na Penitenciária de Tacumbu, em Assunção. Na ocasião, membros do PCC executaram dois presos e deixaram um ferido, durante o 'batismo', como é chamado dentro da quadrilha o ritual de filiação de bandidos ao bando.
Desde fevereiro, após a transferência dos principais líderes para penitenciárias federais, o PCC vem buscando aumentar o controle nas instituições penais paraguaias.
O Correio já revelou que mais de 15 integrantes da facção foram presos por planos de resgate de lideranças que cumprem pena em penitenciárias do país vizinho.
Nesta segunda. a cúpula da segurança paraguaia informou que dará início ao processo de deportação de todos os brasileiros em penitenciárias do país. Também deverãos er expulsos os responsáveis pelos dois presídios on de aconteceram os massacres e os responsáveis pela administração penitenciária local.
O ministro da Justiça Julio Javier Rios disse que o motim na penitenciária foi algo imprevisível e que nunca o país teve tantos membros de facções criminosas em seu sistema prisional.
Segundo o site ABC Color, 90% dos presos nas penitenciárias do país têm membros de facções criminosas, sendo que só do PCC seria um total de 400 presos que devem ser expulsos do Paraguai.
Surgido após a execução de Jorge Rafaat em junho de 2016, o Clã Rotela é a maior facção criminosa em atividade no Paraguai, formado basicamente por nativos que querem reestabelecer o controle do tráfico de drogas. Atualmente atua principalmente na venda de entorpecentes em bairros pobres das grandes cidades vizinhas, mas vem aumentando o poder de penetração nas penitenciárias, principalmente pela colaboração de agentes peniteniciários e policiais corruptos, que repassam armas e informações sobre o PCC.
A polícia local descobriu recentemente planos de ataques nas cidades de fronteira com Brasil e Bolívia, atualmente dominadas pelo PCC, com o objetivo de criar rotas de comércio de maconha e cocaína com grupos rivais ao da quadrilha paulista.
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