23 de novembro de 2004 - 10:03

Em cinco anos MS atraiu R$ 1,4 bi em investimentos privados

Dados da Secretaria de Estado da Produção e do Turismo (Seprotur) demonstram que em pouco mais de cinco anos, foram instaladas ou reativadas 196 empresas em todo Mato Grosso do Sul, representando investimento superior a R$ 1,4 bilhão e a geração de pelo menos 22 mil empregos diretos. Nessa conta não está incluída a unidade fabril da Kepler Weber, inaugurada na sexta-feira dia 19, em que foram investidos US$ 35 milhões (ou R$ 100 milhões) e garantiu emprego para 5,5 mil trabalhadores, de forma direta ou indireta.

O balanço comprova o forte poder de atração que exerce a economia sul-matogrossense às empresas ligadas ao agronegócio e que fez acentuar o ritmo de industrialização do Estado nos últimos anos, ponderou o secretário de Produção e Turismo, Dagoberto Nogueira Filho. Constitui-se, também, em atestado de êxito da política governamental para o setor, que vai desde os investimentos em logística de transporte e infra-estrutura, divulgação dos potenciais do Estado, concessão de incentivos de natureza fiscal garantidos por lei, até empenho pessoal do governador Zeca do PT junto aos grandes grupos econômicos, em gestões nos gabinetes ministeriais ou organismos de fomento para agilizar trâmites legais e facilitar transações de fomento aos novos empreendimentos.

A meta é transformar Mato Grosso do Sul em um Estado ainda mais rico, forte, líder econômico da região Centro-Oeste e com papel de destaque no país, que explore plenamente sua potencialidade e onde o desenvolvimento conviva em harmonia com o meio ambiente. “Mato Grosso do Sul não pode continuar exportando boi em pé e soja em grão”, tem repetido o governador, explicando que o objetivo de seu governo não é abolir nem suplantar o binômio soja-boi, “mas agregar valor aos produtos” com a industrialização.

Com a consolidação dos negócios previstos para os próximos anos o perfil econômico do Estado será sensivelmente alterado. Para Campo Grande está prevista a instalação de outras grandes empresas, como a Braspelco, líder na exportação de couro bovino no país e que prevê investir R$ 100 milhões na unidade local. Em Corumbá, os pólos gás-químico e minero-siderúrgico são empreendimentos que ultrapassam US$ 2 bilhões em investimentos e geração de milhares de empregos. Outras centenas de grandes e médias empresas manifestaram desejo de se instalar no Estado e tiveram aprovados projetos de incentivos fiscais até o fim do ano passado.

A entrada crescente de capital sustenta o crescimento da arrecadação do Estado – que saltou da casa de R$ 40 milhões mensais em janeiro de 1999 para R$ 200 milhões neste ano – e tem garantido índices invejáveis do PIB (Produto Interno Bruto) estadual. Em 2001 Mato Grosso do Sul liderou o ranking nacional de crescimento do PIB com 8,1%; os relatórios dos anos seguintes ainda não saiu, porém indicadores mostram que essa taxa pode ter aumentado. O governador enfatiza que nos dois anos que mandato que lhe restam, pretende concretizar esses investimentos e entregar “um Estado em pé” ao seu sucessor.

Balanço – De janeiro de 1999, quando o governador Zeca do PT tomou posse, até julho desse ano, foram instaladas ou ampliaram atividade 196 empresas no Estado. Veja os números abaixo:

1999 – 42 empresas, investimento de R$ 169,1 milhões e geração de 6.660 empregos;
2000 – 36 empresas, investimento de R$ 60,2 milhões e geração de 1.621 empregos;
2001 – 26 empresas, investimento de R$ 78 milhões e geração de 1.740 empregos;
2002 – 41 empresas, investimento de R$ 532 milhões e geração de 2.003 empregos;
2003 – 48 empresas, investimento de R$ 610,6 milhões e geração de 10.069 empregos;
2004 – 3 empresas, investimento de R$ 9,7 milhões e geração de 242 empregos. Esse balanço não inclui empresas que se instalaram no Estado após julho deste ano.
 
Agência Popular