Os presidentes do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, e da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, rebateram nesta quarta-feira as críticas sobre o aumento das taxas de juros e reclamaram da metodologia do ranking do Banco Central.

"Não houve nenhum aumento da taxa de juros seja em pessoa física ou jurídica, em nenhuma linha dos dois bancos", afirmou Bendine. Os dois representantes apontam falhas na metodologia de comparação das taxas de juros praticadas no mercado. Eles defendem a publicação das taxas mínimas e máximas praticadas por cada instituição já que a taxa média não retrata os valores de forma fiel, segundo eles.

Para Bendine, a ampliação da carteira de clientes pode ter influenciado a taxa média do Banco do Brasil. "É natural que, quando você tem uma ampliação de base, você ofereça taxas maiores aos clientes ingressantes", aponta. Clientes antigos conseguem condições melhores com base nos históricos de crédito, segundo ele.

Os dois aproveitaram o pronunciamento para informar uma evolução de 1,5% na carteira de crédito no Sistema Financeiro Nacional nos dois primeiros meses do ano. "Há uma boa demanda no mercado. Não há um superaquecimento nem pressão de demanda muito forte de crédito", informou Bendine.

Ele acredita que a previsão de crescimento para a carteira de crédito fique dentro do previsto anteriormente entre 17% e 20%.

Os dois presidentes saíram em defesa da exclusividade em contratos de empréstimos consignados, que havia sido contestado por bancos de menor parte. Segundo Bendine, a exclusividade é uma prática de mercado e a participação do Banco do Brasil comprova a eficácia de estratégias adotadas para a conquista de participação no mercado.

"Você percebe que a análise está adequada na taxa de inadimplência. Temos observado a melhoria da qualidade da carteira. Você nunca vai ter um enquadramento para trabalhar sempre com a taxa mínima", disse a presidente da Caixa.