Agência de notícias da AIDS | 24 de mar�o de 2010 - 16:15

SUS amplia oferta de vacina contra a hepatite B no Brasil

A partir deste mês, a vacina contra a HEPATITE B será estendida para cerca de 60 mil salas de vacina do Sistema Único de Saúde (SUS), com foco em populações mais vulneráveis.

Além da ampliação do acesso, outros grupos prioritários foram incorporados, entre eles caminhoneiros, portadores de doenças sexualmente transmissíveis e gestantes.

Manicures, pedicures e podólogos também estão no rol dos novos beneficiados, assim como lésbicas, bissexuais, transgêneros e pessoas que vivem em assentamentos e acampamentos.

O Ministério da Saúde adquiriu 33 milhões de doses, que serão oferecidas ao longo do ano de 2010 - 18 milhões a mais do que o destinado no ano anterior.

A imunização contra a doença é uma das principais medidas de prevenção. Após as três doses, mais de 90% dos adultos jovens e 95% das crianças e adolescentes ficam imunizados contra a HEPATITE B.

No Brasil, 7,44% da população de 10 a 69 anos já teve contato com o vírus da HEPATITE B (VHB), de acordo com dados do Estudo de Prevalência de Base Populacional das Infecções pelos Vírus das Hepatites A, B e C nas capitais do País.

A evolução para a forma crônica ocorre em aproximadamente 5% a 10% dos adultos expostos ao vírus, que podem ainda desenvolver cirrose e câncer de fígado.

A hepatite viral B é transmitida pelo sangue, esperma e secreção vaginal. Pode ocorrer pela relação sexual desprotegida ou pelo compartilhamento de objetos contaminados, como: lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, equipamentos de manicures e podólogos, materiais para colocação de piercing e para confecção de tatuagens.

Também há risco de infecção quando usuários de drogas usam instrumentos comuns - tanto no caso das injetáveis (cocaína, anabolizantes e complexos vitamínicos), como das inaláveis (cocaína) e das pipadas (crack). A transmissão também pode ocorrer da mãe infectada para o bebê.

Acidentes com exposição a material biológico e procedimentos cirúrgicos, odontológicos e de hemodiálise, em que não se aplicam as normas adequadas de biossegurança, são fatores de exposição à infecção pela HEPATITE B.

Vacinação de HEPATITE B: o que muda

Populações específicas

Antes A partir de março de 2010

Local Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) Salas de vacina do Sistema Único de Saúde (SUS) e CRIE

Faixas etárias específicas Menores de 1 ano de idade, a partir do nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o parto

Crianças e adolescentes entre 1 e 19 anos de idade.
Permanece igual
Todas as faixas etárias - Vítimas de abuso sexual;

Vítimas de acidentes com material biológico positivo ou fortemente suspeito de infecção por VHB;
Comunicadores sexuais de portadores do VHB;
Profissionais de saúde;
Hepatopatias crônicas e portadores de HEPATITE C;

Doadores de sangue;
Transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea;
Doadores de órgãos sólidos ou de medula óssea;
Potenciais receptores de múltiplas transfusões de sangue ou politransfundidos;
Nefropatias crônicas/dialisados/síndrome nefrótica;
Convívio domiciliar contínuo com pessoas portadoras de VHB;
Asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas;
Fibrose cística (mucoviscidose);
Doença autoimune;
Imunodeprimidos;

Populações indígenas;
Usuários de drogas injetáveis, inaláveis ou pipadas;
Pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, etc);

Carcereiros de delegacias e penitenciárias;
Homens que fazem sexo com homens;
Profissionais do sexo;

Coletadores de lixo hospitalar e domiciliar;
Bombeiros, policiais militares, civis e rodoviários;
Profissionais envolvidos em atividade de resgate.

Além dos grupos anteriores, foram incluídos os seguintes:
Gestantes, após o primeiro trimestre de gestação;
Lésbicas, bissexuais e transgêneros;
Manicures, pedicures e podólogos;
Populações de assentamentos e acampamentos;
Portadores de DST;
Caminhoneiros;
Doenças do sangue;
Hemofílicos.