Dourados Agora | 13 de mar�o de 2010 - 08:12

Dengue esgota leitos de hospitais em Dourados

A epidemia de dengue em Dourados tem superlotado os hospitais onde os leitos esgotaram, nos últimos dias, em todas as unidades de saúde, públicas ou particulares. Em alguns hospitais o número de profissionais para atender a demanda também está comprometida, na medida em que médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde também são infectados pela dengue e passam da condição de atendente a paciente.
     

EVANGÉLICO


      O Hospital Evangélico, o maior e mais tradicional de Dourados, trabalha com 110 leitos. Em função da dengue o número de leitos teve que ser ampliado ou improvisado para 124 e não há leitos exclusivos para a dengue já que vários pacientes estão internados em função de outras patologias.
    Diante da epidemia, os pacientes com sintomas da dengue que necessitam de internação ficam aguardando leito na recepção até que haja vaga no quarto.
     “Além do atendimento ao paciente existe a preocupação na agilização de exames e transfusões sanguíneas”, lembrou a gerente de enfermagem Daiane Lemes de Queiroz.
    

HOSPITAL DA VIDA


     No Hospital da Vida, administrado pelo Hospital Evangélico, conveniado ao Sistema Único de Sáude (SUS), também não existe mais possibilidade de internação por conta da grande procura de pacientes com quadro suspeito dengue.
     Os 90 leitos estão todos ocupados e o hospital é obrigado a improvisar, para que as pessoas não fiquem sem atendimento. Com a epidemia de dengue a unidade de saúde tem tido superlotação todos os dias envolvendo pacientes de todas as idades.
    

CASSEMS


     No Hospital Cassems a direção não vê a hora de ativar uma nova ala, inaugurada há cerca de 15 dias, mas que ainda não entrou em funcionamento devido a um problema que afeta o setor de rouparia. Hoje a Cassems trabalha com 42 leitos incluindo duas UTIs. Com a nova ala, de imediato mais 15 leitos vão desafogar o atendimento.
   De acordo com o diretor do hospital Jean David a instituição tem feito de tudo para que pacientes sejam internados com conforto, e por isso os casos mais graves são encaminhados ao Hospital Evangélico que também atende aos conveniados da Cassems. “Sabemos que no Evangélico a situação também é de superlotação, mas pelo menos lá os pacientes encontram mais espaço”, afirma Jean.
    

SANTA RITA


     No Hospital Santa Rita o número de atendimento no Pronto Socorro teve um crescimento de 150% nos últimos dias. São 53 leitos, todos ocupados atualmente. De acordo com a enfermeira chefe Maria Fernanda Pereira Alves, uma das soluções encontradas é a internação de pacientes da mesma família em um único quarto, pois têm ocorrido muitos casos de dengue  numa mesma casa.
     Outra solução é a ala chamada Day Clinic, espécie de Sala Vip onde a pessoa com necessidade de internação recebe todos os cuidados preliminares até que haja um leito disponível para ser internada.
     A maior preocupação é com a gripe suína, doença altamente contagiosa que exige isolamento da pessoa infectada, já que apenas parte da população ou os pacientes mais expostos e profissionais de saúde estão sendo imunizados. A nova gripe continua representando uma ameaça e se retornasse com força agora, com epidemia de dengue, poderia comprometer ainda mais os hospitais. “A dengue é transmitida apenas pelo mosquito, mas a gripe suína, neste momento, misturada a esta epidemia seria terrível”, lembra a enfermeira.
   

UNIVERSITÁRIO


     O Hospital Universitário (HU) dispõe de 124 leitos, sendo que apenas 10 são destinados exclusivamente ao atendimento às pessoas com dengue. Até ontem à tarde, nove pessoas ocupavam estes leitos. Os pacientes internados no HU, assim como no Hospital da Vida, são encaminhados pela rede básica da saúde e municípios de toda a região.