19 de novembro de 2004 - 15:51

Brasil perde mercado de geladeiras na Argentina

Fontes governamentais da argentinas disseram disseram nesta sexta-feira que 48% do mercado de geladeiras do país será abastecido no próximo ano pelo Brasil, que até agora tinha uma cota de 70%.

O restante do mercado argentino de geladeiras ficou para os exportadores de terceiros países, segundo o estipulado por empresários locais e brasileiros a pedido dos governos para acabar com a disputa comercial, disseram as fontes à EFE.

Calcula-se que, depois deste ano, serão vendidas na Argentina pouco mais de meio milhão de geladeiras, apontaram os porta-vozes.

O acordo, alcançado na quinta-feira, pôs fim a um dos conflitos pelo comércio de eletrodomésticos desatado este ano entre empresários do Brasil e da Argentina, países-membros do Mercosul junto ao Paraguai e o Uruguai.

Neste sentido, as fontes indicaram que o acordo estabelece o compromisso de não aplicar impedimentos comerciais aos exportadores brasileiros de geladeiras.

Os empresários dos dois países alcançaram este acordo depois que os brasileiros se queixaram que as barreiras impostas pelo governo argentino lhes fizeram perder terreno para exportadores de países alheios ao Mercosul, sobretudo do México e do Chile.

Por outro lado, até agora não se alcançou um acordo empresarial que ponha fim ao conflito no comércio de máquinas de lavar roupa, com o que seguem de pé os impedimentos burocráticos alfandegários aplicados aos brasileiros, apontaram as fontes consultadas.

Os porta-vozes governamentais disseram que na próxima semana serão retomadas as negociações empresariais para superar o conflito pela aplicação de tarifas extraordinárias de 21% à importação de televisores fabricados na Zona Franca de Manaus.

Neste sentido, explicaram que a aplicação desta salvaguarda comercial deve ser revisada no final deste ano, segundo o prazo fixado pelas autoridades argentinas enquanto se negocia um acordo empresarial nessa linha.

 

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