Fátima News com Assessoria | 8 de mar�o de 2010 - 17:04

Cresce participação feminina no mercado de trabalho de MS

Das manifestações em prol de melhores condições de trabalho, no início do século XX, na Europa e nos Estados Unidos, até os dias atuais, as mulheres vem progressivamente conquistando reconhecimento profissional e aumentando o espaço ocupado no mercado. Em Mato Grosso do Sul, nos últimos oito anos, a participação feminina aumentou, segundo estudo feito pelo Sebrae/MS, intitulado “A Mulher e o Mercado de Trabalho no MS”, de março de 2010.

De acordo com a sondagem, de 2000 a 2008, elas passaram de 36% para 40% do total de trabalhadores com carteira assinada no Estado, que tem aproximadamente 500 mil empregos formais. Este percentual é superior à media dos estados da região Centro-Oeste. Em Mato Grosso e no Distrito Federal, por exemplo, os homens representam 64% da fatia.

Dentre as atividades que mais contrataram mulheres em 2009, no Estado, onde são quase 198 mil trabalhadoras formais, estão o comércio varejista de vestuários, acessórios, calçados, padarias, laticínios e mercadorias em geral, restaurantes, hospitais, confecção de peças de vestuário, limpeza de prédios e domicílios e buffet e serviços de comida preparada.

Entretanto, ao longo dos anos, os setores que registraram maior variação foram o da construção civil e o da indústria, com mais de 200% de aumento na participação feminina, entre os anos de 2000 e 2008. No comércio, a participação delas dobrou, no setor agropecuário subiu 91,46% e no de serviços 64,16%. “Se compararmos com a participação masculina no mercado, na indústria, por exemplo, o percentual de homens contratados aumentou bem menos que das mulheres, apenas 83%”, diz Marcílio Moreira, técnico do Sebrae e coordenador da pesquisa.

O estudo também comparou os anos de 2007 e 2008, com base no CNAE – Classificação Nacional das Atividades Econômicas. Das 550 atividades que geram emprego em Mato Grosso do Sul, em 342 setores, ou seja, em 62% das funções, houve aumento das mulheres contratadas.

E  mesmo quando as portas do mercado de trabalho formal se fecham, de acordo com o levantamento, as mulheres procuram formas para ter seu trabalho. Dentre os empresários informais 63% são mulheres, acima dos 40 anos, com baixa escolaridade, com dificuldades de acesso ao emprego. “As mulheres estão sempre buscando uma maneira de gerar renda para sua família. Se o emprego formal não vier, ainda assim elas encontrarão alguma atividade que poderão exercer por conta própria”, diz.

Elas Geram Oportunidades

Se aumentou a inserção das mulheres no mercado de trabalho formal, também cresceu o número de oportunidades de negócios para atender às novas necessidades de quem busca mais tempo para se dedicar ao lar e aos cuidados pessoais, é o que aponta o estudo. “A mulher moderna quer mais momentos para si e para sua família. Então, elas vão buscar empresas que facilitam sua vida”, diz Marcílio.

Dentre os principais produtos e serviços procurados pelas trabalhadoras estão as lavanderias, os restaurantes, a comida pré-pronta, serviços de entregas em geral e serviços e produtos que tratam da beleza feminina. Mas, segundo Marcílio, não basta apenas ter o produto ou o serviço. “As empresas precisam saber comunicar o seu produto para este cliente. Mostrar para elas de que maneira este negócio pode facilitar sua vida e em quais aspectos”, afirma.