Nações Unidas proclamam período entre 2011 e 2020 como a Década de Ação para a Segurança nas Estradas; objetivo é estimular esforços nacionais e globais para barrar ou inverter o número crescente de mortos e feridos em acidentes de tráfego.

A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o período entre 2011 e 2020 como a Década de Ação para a Segurança nas Estradas.

Em resolução adotada na terça-feira, o órgão pede à Organização Mundial da Saúde, OMS, em cooperação com outros parceiros, para preparar um plano diretor para guiar os trbalhos nessa área durante os próximos 10 anos.

Estimular
O objetivo é estimular esforços nacionais e globais para barrar ou inverter o número crescente de mortos e feridos em acidentes de tráfego.

Cerca de 1,3 milhão de pessoas morrem todos os anos em acidentes nas estradas. Metade das vítimas são pedestres, ciclistas e motociclistas.

O cenário também é preocupante no Brasil, como disse à Rádio ONU, de São Paulo, o Diretor do Departamento de Medicina de Tráfego Ocupacional da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, Dirceu Rodrigues Alves Junior.

"Nós temos hoje 38 mil óbitos nas estradas, nas rodovias brasileiras. Nós temos ainda 400 mil vítimas do transporte em geral e 110 mil vítimas com sequelas. Nós temos números que são assustadores com relação ao transporte", afirmou.

Causa de Morte
Segundo o relatório sobre o Estatuto Global de Segurança Rodoviária, publicado em junho do ano passado, ferimentos causados por acidentes nas estradas permenecem um problema importante de saúde pública, particularmente nos países de média e baixa renda.

Em todo o mundo, entre 20 e 50 milhões de pessoas ficam feridas por ano em acidentes de tráfego, que são a principal causa de morte entre jovens de 15 a 44 anos.

O álcool, o excesso de velocidade e a falta de cinto de segurança são alguns dos principais fatores de risco.