Mídia Max / Valquíria Oriqui | 1 de mar�o de 2010 - 18:22

Diarista é despejada, sem ter para onde ir invade a casa da EMHA

Recém despejada da casa em que morava com três crianças por conta de dois meses de aluguel atrasado, a diarista Evanir Avilla, de 34 anos, sem ter para onde ir, resolveu invadir uma casa no Residencial José Tavares do Couto, na rua Jaime Cerveira, no Bairro Nova Lima, construída pela Emha (Empresa Municipal de Habitação) e que, segundo ela, estava abandonada há um ano.

A dona da casa invadida, a vendedora Roselaine Peralta, 29 anos, confirma que a casa estava fechada, porém diz que está providenciando a mudança.

No início da tarde de hoje (1), a polícia esteve no local e queria levar Evanir para a delegacia, porém, com dó das crianças (7, 9 e 13 anos), amigos da dona da casa se prontificaram a encontrar uma solução negociada para o caso.

Roselaine morou na casa no período de agosto de 2007 até novembro do ano passado. Ela conta que uma certa vez a casa foi assaltada. Com medo, a moradora saiu de lá e disse que só voltaria quando juntasse dinheiro para construir um muro. “Hoje eu moro de favor no meu trabalho. Já estou com quase todo o dinheiro, vou começar a murar em volta da casa para ter mais segurança e tranquilidade para morar com minha filha”, conta.

O jardineiro Eduardo Almada, de 27 anos, mora no local há dois anos e diz que o bairro tem sido alvo de constantes assaltos. “Quando as casas ficam abandonadas os marginais usam para prostituição e ponto de drogas”, conta o jardineiro.

Separada do marido que bebia demais, há mais de cinco anos, Reginaldo Cândido Paiva, Evanir assume que está errada e que não recebe nem um tipo de ajuda do ex-marido e que não tem para onde ir. “O que eu vou fazer? Vou pra onde? Eu não tenho pra onde ir. Eu tenho problema de coluna e sinusite crônica. Meus pais moram em Cuiabá, sou sozinha aqui”.

Um amigo de Roselaine, que não quis se identificar, com dó de Evanir e das crianças, arrumou um caminhão para retirar as coisas dela de dentro da casa que não a pertencia. “Vou arrumar uma cesta básica para essa mulher”, diz ele.

No meio da tarde o caso foi resolvido. Chorando, Evanir entrou em contato com uma amiga que a deixou morar em sua casa, no Nova Lima, durante uma semana, até que ela providenciasse outro lugar para ficar.