Rádio ONU | 26 de fevereiro de 2010 - 13:00

Brasil pede tratado contra material nuclear

Em discurso na Conferência da ONU sobre Desarmamento, Luiz Filipe de Macedo Soares ressaltou que o mundo não deve ser indiferente aos problemas individuais de cada nação, mas isso não significa que a violência pode ser encorajada na forma de explosivos nucleares.

O embaixador do Brasil na Conferência da ONU sobre Desarmamento, Luiz Filipe de Macedo Soares, disse que as negociações entre países deveriam levar à proibição da produção de material físsil, usado na fabricação de armas e explosivos nucleares.

Em discurso nesta quinta-feira na Conferência em Genebra, na Suíça, Macedo Soares afirmou que a situação geopolítica de algumas nações não pode ser usada como justificativa para o desenvolvimento de armas de destruição em massa.

Argumento
Segundo ele, alguns países se opõem às negociações sobre o material físsil sob o argumento de necessidade de segurança nacional.

Macedo Soares ressaltou que o mundo não deve ser indiferente aos problemas individuais de cada nação mas isso não significa que a violência pode ser encorajada na forma de explosivos nucleares.

Em entrevista à Rádio ONU, de Genebra, o embaixador afirmou que as negociações para o material físsil já representariam avanços.

"Se houver negociação para um tratado que proíba a produção do elemento que é essencial e necessário para que se produzam armas nucleares, isso seria um fator de diminuição do risco. Não resolve o problema porque ele só será resolvido quando todas as armas nucleares nos países onde existem sejam desativadas e destruídas", disse.

Redução
Ele também pediu a regulamentação de material físsil pré-existente e lembrou que não há instrumento legal livre de custos para os países.

O embaixador disse que a eliminação de armas nucleares é um elemento essencial para a redução do déficit democrático que persiste nas relações internacionais.