Conjuntura Online | 25 de fevereiro de 2010 - 16:00

PMDB usa prestígio de Delcídio para completar cota do Senado

Estrategicamente, o PMDB tentará eleger, de preferência, o deputado federal Waldemir Moka usando o prestígio político do senador Delcídio do Amaral (PT), em pré-campanha pela reeleição, que lidera as pesquisas de intenções para o Senado em Mato Grosso do Sul. 

A ideia de atrelamento das duas candidaturas já foi colocada em prática baseado em recente pesquisa para consumo interno, cujo resultado, segundo a cúpula do partido, mostra melhor desempenho do que a eventual dobradinha do senador petista com o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT).

A estratégia consiste em levar a dirigentes e ao eleitorado tanto da Capital quanto do interior que Delcídio e Moka têm, entre outros aspectos, “afinidades” políticas se levado em consideração a aliança nacional entre PT e PMDB. 

Moka disputa a indicação no PMDB contra o senador Valter Pereira, que enfrentará o correligionário nas prévias do partido marcadas para o dia 7 de março.

Apesar disso, a cúpula da legenda já trabalha com esses números, conforme revelou o ex-prefeito de Costa Rica e coordenador da campanha de Moka no interior, Waldeli dos Santos Rosa.

“Nós queremos saber se o voto do Dagoberto cola no do Delcídio.  Se colocar, nós vamos ter de trabalhar muito, agora se colar no Moka, nós fazemos três por um no Dagoberto. Eu acredito nisso, essa é a nossa estratégia”, previu Waldeli, ao visita a Assembléia Legislativa na manhã de quarta-feira. 

Segundo ele, o PMDB trabalha com esse esquema sabendo que Delcídio tem feito sua campanha distante de Zeca do PT e que Dagoberto é ligado ao ex-governador.

Embora setores petistas tentem demonstrar a unidade no grupo político, Delcídio, além de não fazer sua campanha atrelada a do ex-governador, não tem citado o nome de seu companheiro de partido em suas viagens pelo interior. Recentemente, o senador teve uma conversa reservada com André Puccinelli.

“A grande dificuldade seria se o candidato ao Senado fosse o Zeca”, emendou o ex-prefeito, garantindo que a sondagem de opinião pública foi feita em todos os municípios do Estado e aponta resultado satisfatório ao projeto liderado pelo governador André Puccinelli (PMDB), que, além de tentar sua reeleição, trabalha para fazer um dos dois senadores a que o Estado tem direito e uma bancada consistente na Câmara dos Deputados e na Assembléia Legislativa no pleito de outubro.

O coordenador da campanha de Moka também não vê chances na candidatura do vice-governador Murilo Zauith (DEM) dentro da hipótese de o Bloco Democrático Reformista (PSDB, DEM, PPS) consolidar esse projeto na campanha eleitoral deste ano.