Fátima News com Assessoria | 22 de fevereiro de 2010 - 07:09

Marçal Filho ouve população de Dourados sobre seu destino político

Apesar do “empurrãozinho” dado na semana passada pelo governador André Puccinelli à sua candidatura a reeleição, o deputado federal Marçal Filho afirmou ontem que só anunciará seu futuro político após ouvir a população e aferir a sua vontade. “Já estou fazendo isso e até a convenção vou decidir”, adiantou o deputado, referindo-se aos contatos diretos que mantém com a população nos finais de semana.
O parlamentar, que figura em pesquisas oficiais de intenção de voto como o preferido dos eleitores tanto para a reeleição para a Câmara dos Deputados como para uma eventual disputa por uma cadeira na Assembléia Legislativa, ponderou que “ninguém é candidato de si mesmo”.
“O momento é de trabalho (na Câmara dos Deputados) e a discussão sobre candidatura deve ocorrer nos prazos dados pela justiça eleitoral”, diz Marçal, em alusão ao prazo (junho) dado pela justiça eleitoral para que os partidos realizem convenções e registrem as candidaturas.
O governador André havia dito que “se continuar assim o deputado Marçal Filho tem sua reeleição para a Câmara Federal garantida”, classificando-o como “operoso”. O elogio do governador André Puccinelli não veio à toa. Apesar do pouco tempo de mandato, Marçal tem se notabilizado tanto pelo engajamento nas chamadas “lutas gerais” da sociedade, notadamente dos setores mais vulneráveis e, paradoxalmente, menos aquinhoados pelas políticas públicas oficiais, como pela viabilização de recursos.
No âmbito da Câmara, ele integra as Frentes Parlamentares em Defesa dos Aposentados, pela Erradicação do Trabalho Escravo, em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, em Defesa dos Hospitais e Entidades Filantrópicas na Área da Saúde, de Apoio aos Agentes Comunitários de Saúde e de apoio aos Policiais Militares(PEC 300). Marçal também apresentou, nesse curto período, projetos de lei de alcance amplo, como o que institui a penalização dos bancos por roubos e outros incidentes ocorridos em suas dependências, o que penaliza com multa os empregadores que praticarem salários diferenciados para homens e mulheres, na mesma função, e outros de igual interesse coletivo.Coordenou também uma audiência pública em Dourados sobre pedofilia, com a presença do senador Magno Malta, presidente da CPI da Pedofilia, e retomou a luta pela redução da maioridade penal. No que tange a recursos conseguiu um feito inédito para quem acabou de assumir o mandato: sem muito alarde, viabilizou 50 milhões em recursos federais para recuperação da BR 463, que liga Dourados a Ponta Porã.
Com essa volta triunfal ao cenário político, Marçal despertou a atenção da classe política, que cobra desde já uma definição. Muitos (e muitas) inclusive tem seus próprios futuros eleitorais atrelados à essa definição. Embora tenha evitado conjecturar sobre seu destino político, é evidente que o elogio público do governador André Puccinelli a sua atuação na Câmara Federal deve pesar na decisão.André é tido como “padrinho” do deputado. Foi graças à intervenção do governador, indicando o ex-deputado Waldir Neves para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), que Marçal assumiu, em julho do ano passado, a vaga.
Ainda no que se refere à classe política, Marçal enfrenta uma verdadeira “briga de foice no escuro”: de um lado, um grupo que deseja vê-lo candidato à Assembléia, liberando o caminho para outros candidatos à Câmara Federal e de outro os potenciais candidatos à Assembléia, que não querem se ver na disputa com ele.