Foi divulgada na quinta-feira, dia 04 de fevereiro, durante coletiva com a imprensa local, a segunda previsão de cheia do rio Paraguai para o ano de 2010. O pesquisador em Mudanças Climáticas da Embrapa Pantanal, Ivan Bergier, se reuniu com um grupo de jornalistas para apresentar os resultados de janeiro, obtidos com o Modelo Estatístico de Previsão Modelad - programa de monitoramento das cheias e vazantes do rio Paraguai, com base na régua de Ladário (MS).

De acordo com a primeira previsão, divulgada no dia 15 de Dezembro de 2009, se no mês de janeiro o nível do rio subisse em média 2 centímetros ao dia, as chances da máxima atingir 5 metros, entre os meses de maio a julho,  aumentariam. No dia 31 de Janeiro a altura do rio registrada foi de 2 metros e 36 centímetros, confirmando as previsões.

Segundo o pesquisador, até o  momento só é possível ter certeza de  que a cheia deverá superar os 4 metros, podendo  variar até 5 metros. No entanto, caso as chuvas em fevereiro e março sejam significativas no Pantanal, a máxima poderá  superar os 6 metros.

Historicamente, as cheias acima de 6 metros ocorrem antecipadamente no mês de abril. O monitoramento realizado pela Embrapa pantanal, utilizando informações fornecidas diariamente pelo Serviço de Sinalização Náutica do Oeste, da Marinha do Brasil, é de fundamental importância para que os ribeirinhos e autoridades competentes possam tomar as medidas necessárias em caso de uma cheia significativa.

Durante a coletiva, os jornalistas puderam conhecer mais sobre o modelo utilizado e sobre os diversos fatores que influenciam a precipitação de água na bacia do Prata e na América do Sul. Segundo o pesquisador, a quantidade de chuvas na cabeceira dos rios pantaneiros, os fenômenos climáticos - como o "El Niño" - e até  o transporte de umidade da Amazônia oriental, interferem na intensidade da inundação na planície.

Em Março a Embrapa Pantanal divulgará a terceira previsão de cheia para 2010.