Uol | 6 de fevereiro de 2010 - 07:25

Defesa de Arruda acusa PF e Ministério Público de perseguição política

A defesa do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), acusa a Polícia Federal e o Ministério Público de perseguição política e ataca a nova gestão da Ordem dos Advogados do Brasil, que entrou com uma ação de bloqueios dos bens do chefe do Executivo do DF e dos deputados distritais envolvidos no suposto esquema de propinas em Brasília.

Segundo o advogado de Arruda, Nélio Machado, as investigações vão demonstrar os verdadeiros interesses em manchar a imagem do governador Arruda.

“Polícia Federal e Ministério Público não podem ter lado. Não é possível que tenha ativismo do MP, de setores da PF, é preciso preservar as pessoas e que não se transforme artificialmente alguém que tem uma vida pregressa marcada por desmandos”, disse Machado.

Nélio Machado é o novo integrante da banca de defesa do advogado José Gerardo Grossi, que acompanha o governador Arruda desde o início da crise do suposto mensalão do DEM. Machado disse que o novo presidente da OAB, Ophir Cavalcante, está se valendo de oportunismo.

“Quero lamentar o papel da OAB. Vi que o novo presidente fala em justiçamento quando o papel da Ordem não é o papel do Ministério Público e da polícia, é saber se as garantias fundamentais do cidadão estão sendo respeitadas. Esse oportunismo de que estão se valendo no início de seus mandatos é para conseguir o aplauso fácil. A lei tem que ser igual para outros”, disse.

A defesa do governador Arruda anunciou que a partir de agora vai mudar de estratégia e passar do silêncio para o enfrentamento direto de cada denúncia que for apresentada contra a figura do chefe do Executivo.