A.J. Rettenmaier | 3 de fevereiro de 2010 - 18:02

Leia a coluna Fala Sério “E a verdade?”, por A.J. Rettenmaier

E a verdade?

Não sei se já tiveram a oportunidade ou até mesmo se deram o trabalho a observar o resultado da discussão entre duas ou até mesmo mais pessoas em torno de um assunto, mas sempre existem a minha, a sua, a deles, verdades. Cada um quer por como valor maior, a sua.

Quando duas pessoas discutem então, a coisa complica mesmo. Sempre existe a verdade de um querendo ser a verdade sobre o outro, mas jamais qualquer dos dois pensa na Verdade.

Isso acontece porque normalmente o ser humano se habitua a fazer ou pelo menos tentar fazer prevalecer a sua, e se fica mal acostumado a que os outros aceitem, então vai se colocar sempre juiz supremo da verdade e jamais aceita que exista uma Verdade.

Na maioria das vezes também pouco importa se sua frieza possa machucar aos outros ou outro. Na melhor das hipóteses, é melhor que a outra parte logo aceite a sua verdade para evitar danos ainda piores, porque se não aceitar logo essa verdade, terá o desprezo, a frieza doída da falta de resposta, e porque não também o duro sentimento de que está demais. “Ou cai de joelhos à minha frente e aceita a minha verdade, ou...”

Mas será que a verdade, aquela verdade verdadeira como se diria popularmente, é sempre realmente procurada? Na maioria das vezes, não. Prefere-se ficar com a verdade que melhor que mais nos faz bem, que menos nos machuque, mesmo que para isto tenhamos que nos fazer de cegos ou quase isso.

Tudo isso me faz lembrar a piada que a blogueira Jussara Ivelise Custódio do Minhoca na Cabeça contou dias atrás.

Um dia a rosa encontrou a couve-flor e disse:

“Que petulância lhe chamarem de flor! Veja sua pele! É áspera e rude enquanto a minha é lisa e sedosa. Veja seu cheiro! Desagradável e repulsivo, enquanto o meu perfume é sensual e envolvente. Veja seu corpo! É grosseiro e feio, enquanto o meu é delicado e elegante. De flor, você não tem nada! Eu sim sou uma flor!”

E a resposta da couve-flor?

“Heeeelllloooouuuuu!!! Queeeriiiidaaaaaaaa!!! Aaaacoooordaaaaa!

De quê adianta ser tão linda se ninguém lhe come? Hã?”

Pois é! Não está aí uma bela e simples verdade?

Tão simples que nos faz rir!

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Escritor, colunista e palestrante, membro da AGEI, Associação Gaúcha dos Escritores Independentes.

Esta coluna está em mais de 70 jornais impressos e eletrônicos do Brasil e Exterior.