17 de novembro de 2004 - 17:27

Pescadores pedem medidas para diminuir prejuízo no PR

Pescadores que trabalham na baía de Paranaguá, no Paraná, querem que a Secretaria Nacional de Pesca tome providências para minimizar os prejuízos decorrentes do acidente com o navio chileno Vicuña. A embarcação explodiu na última segunda-feira no terminal da Catallini, provocando vazamento de óleo em várias ilhas da região.

Segundo o presidente das Federações das Colônias de Pescadores do Paraná, Edmir Ferreira, o ideal seria um seguro que cobrisse os prejuízos, já que a pesca é a única fonte de sobrevivência de 4 mil pessoas na região. Uma portaria do governo do estado proíbe a pesca em toda a área onde ocorreu o vazamento.

Hoje, continuaram as buscas aos dois tripulantes desaparecidos no acidente. Os trabalhos se concentram agora na contenção do óleo que vazou do navio e que já atinge uma extensão de 20 quilômetros nas ilhas do litoral paranaense. Estão trabalhando no local 350 pessoas. Pela manhã, um helicóptero com fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobrevoou a região para avaliar a extensão dos estragos.

Barcos se movimentam por toda a baía, carregando barreiras formadas com uma espécie de espuma que absorve o óleo da água. Mil metros de barreiras de contenção foram instalados e outros cinco mil metros começaram a ser colocados hoje pela manhã. Máquinas da Petrobras continuam a retirar o que restou de combustível dentro do navio, mas não se sabe a quantidade que ainda existe na embarcação. Técnicos ingleses, especialistas nesse tipo de acidente, trabalham com os brasileiros montando um plano de ação para a retirada do navio.

Segundo o chefe do Instituto Ambiental do Paraná no litoral, Sebastião de Carvalho, devido à gravidade do acidente, a orientação é que se contratem as pessoas que forem necessárias para trabalhar na limpeza da baía, sob orientação de funcionários de órgãos ambientais.

 

 

 

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