Agência Brasil | 1 de fevereiro de 2010 - 15:48

Vacinas devem reduzir internações em 83% em 5 anos

 
A inclusão neste ano de duas novas vacinas no calendário público de vacinação do Ministério da Saúde, deve reduzir no país nos próximos cinco anos em 83% as internações por pneumonia e dar cobertura contra a meningite bacteriana.

Em nota, o ministério informou hoje (1º) que vão ser incluídas no calendário básico de vacinação as vacinas pneumocócica 10-valente e a anti-meningococo C.

A primeira começa a ser ministrada em crianças menores de 2 anos de idade a partir de março e a segunda, a partir de agosto.

A partir de 2011 essas vacinas vão integrar o calendário básico da vacinação de menores de 1 ano de idade. Serão investidos R$ 552 milhões, com a compra em laboratórios nacionais de 13 milhões de doses da vacina pneumocócica e 8 milhões da meningócocica, o que permitirá a imunização de 6 milhões de crianças.

A previsão é de que em 2015 sejam evitadas 45 mil internações anuais por pneumonia em todo o Brasil, caindo dos atuais 54 mil para 9 mil a média de atendimentos.

Com essas novas metas, a previsão do Ministério da Saúde é de que a mortalidade infantil caia e melhore a qualidade de vida da população.

Entre 2000 e 2008 o número de casos registrados de meningite bacteriana caiu de 4.276 para 2.648 (redução de 38%). No período, as mortes caíram 47%, passando de 777 para 412.

O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou entre 2000 e 2008 redução de 26,8% na ocorrência do pneumococo (principal agente de pneumonias em todas as faixas etárias). As internações no SUS  pela doença caíram de 950 mil para 695 mil em 2008.

No mesmo período a média anual de casos de meningite pneumocócica foi de de 1.250 ocorrências, com 370 óbitos.
Os contratos com os laboratórios que vão fornecer as vacinas envolvem transferência de tecnologia.

Segundo o Ministério da Saúde nos últimos cinco anos, o Brasil começou a produzir vacina contra a gripe sazonal, contra o rotavírus humano e a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba). Essas vacinas responderam por 28,6% da produção nacional em 2008.