Caarapó News | 22 de janeiro de 2010 - 14:24

Polícia se pronuncia oficialmente sobre furto de banco em Caarapó

 Polícia Civil de Caarapó se pronunciou de maneira oficial na tarde de quinta-feira (21), a respeito das investigações ao furto de R$ 56 mil, na agência do Banco do Brasil local, que aconteceu no último dia 09 desse mês.


 De acordo com a Polícia, após o ocorrido os policiais caarapoenses passaram a investigar o caso e descobriram que uma moça estaria gastando dinheiro no comércio da cidade, com algumas cédulas com sinais de queimadura e cheirando a fumaça, o que os levaram a desconfiar que pudesse ser o dinheiro levado da agência, após os ladrões estourarem os caixas eletrônicos com maçarico.


 Após essa informação, os policiais se dirigiram até um supermercado e uma loja de móveis da cidade onde ela haveria passado o dinheiro e levantaram o nome da pessoa (Preservado até o momento).


 Em seguida, os policiais se deslocaram até a cidade de Dourados onde a moça, natural de Caarapó, estaria residindo com seu namorado, um policial militar. Com a colaboração dele, os policiais foram até a casa onde a suspeita estaria e lá, após revista, encontraram em cima de um guarda roupas, uma sacola contendo a quantia de aproximadamente R$ 4 mil em notas de baixo valor (de R$ 2, R$ 10 e R$ 20).


 Ainda durante revista, os policiais encontram dentro da bolsa da moça, mais certa quantia em dinheiro (R$ 1.372,00), totalizando exatos R$ 5.872,00.


 Questionada sobre a procedência do dinheiro, ela teria dito a principio que o mesmo seria fruto de suas economias e logo em seguida mudou a versão, dizendo que sua mãe havia deixado aquela sacola (com dinheiro), que seria um presente de casamento ao casal de namorados.


 Diante das evidências, a moça foi detida e levada para a delegacia, onde prestou depoimento e foi liberada em seguida, porém, sendo indiciada por furto pelo delegado plantonista do 1º DP de Dourados, que responde por Caarapó durante as férias do titular, Humberto Perez Lima.


PM suspeito – Dando continuidade nas investigações, os policiais civis de Caarapó passaram a investigar uma suposta participação do namorado da moça, um Policial Militar de 25 anos, cujo o nome está sendo preservado, lotado no 3º Batalhão de Polícia Militar de Dourados e que prestava serviço na cidade de Caarapó.


 Na residência do policial, além do dinheiro, foram encontrados diversos móveis novos, que teriam sido adquiridos recentemente com o dinheiro furtado do banco.


 Segundo a Polícia, o que aumenta as suspeitas sobre o PM é que ele estava de plantão no dia do crime, trabalhando no CIOPS (Centro Integrado de Operações e Segurança), local onde são recebidas as ligações do 190 e encaminhadas às viaturas.


 Testemunhas afirmaram que o Ciops recebeu várias ligações denunciando um princípio de incêndio no banco naquela data, no entanto, naquele momento, a viatura estaria atendendo ocorrências em outros locais, bem distantes da agência bancária e não foi comunicada.
 Diante as suspeitas, o policial foi transferido imediatamente para Dourados onde ficará prestando serviços administrativos no quartel do 3º BPM, até as conclusões das investigações.
 Participação de mais Policiais foi negada – Corrigindo informações que foram divulgadas em alguns órgãos de imprensa da região, a Polícia Civil de Caarapó negou que haveria policiais de Campo Grande sendo investigados ou estariam envolvidos no crime.


 Móveis Recuperados – Na manhã de quarta-feira (20), os policiais trouxeram de Dourados, os móveis e demais utensílios, entre eles, TV LCD 42pg, guarda roupa, estante, sofá de luxo, geladeira, rack e outros, que estavam na casa do policial militar e que foram adquiridos com parte do dinheiro furtado do banco. Esses móveis foram depositados ao Banco do Brasil, juntamente com a quantia em dinheiro recuperada.


 Mais suspeitos – A Polícia Civil investiga agora a participação de mais pessoas, dentre elas, a mãe e o padrasto da moça, que estão desaparecidos. Câmeras do circuito interno do banco flagraram o momento em que dois homens, um com estatura alta e forte, que trajava camisetas vermelhas e outro um pouco mais baixo e de camiseta clara.


 Garra colabora nas investigações – Depois de feito todo o levantamento e recuperado parte do dinheiro furtado da agência, a Polícia Civil de Caarapó pediu auxilio nas investigações de policiais do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros) de Campo Grande.
 Os agentes do Garra ficaram na cidade durante três dias, colaborando nos procedimentos. Eles voltaram para a Capital, levando relatório completo ao delegado Ivan Barreira, que concluirá as investigações.