Uol | 21 de janeiro de 2010 - 05:30

Doações de brasileiros para ajudar o Haiti ultrapassam R$ 2 milhões

As doações de brasileiros às vítimas do terremoto que ocorreu na última terça-feira (12) no Haiti, deixando ao menos 75 mil mortos, já ultrapassam R$ 2,2 milhões, segundo entidades mobilizadas para ajudar o país.

A ONG Viva Rio arrecadou R$ 440 mil, além de alimentos não-perecíveis e enlatados, medicamentos, artigos para primeiros socorros, água e pastilhas de cloro para purificação de água. As doações podem ser entregues entre 9h e 18h na sede da ONG, na rua do Russel, 76, Glória, no Rio de Janeiro.

A Care Brasil contabiliza até agora R$ 175 mil em repasses, que estão sendo enviados para um fundo de emergência mundial da entidade. Também foram distribuídos 70 mil biscoitos de alto valor protéico aos sobreviventes da tragédia.

A Cruz Vermelha, instalada em Brasília, informou que até a noite desta terça-feira (19) a conta aberta para receber ajuda de pessoas físicas e jurídicas brasileiras estava com um saldo de R$ 1.381.179,54.

A Caixa Econômica Federal, que criou uma conta especial para o depósito de doações, deverá divulgar o primeiro balanço apenas nesta sexta (22). Os valores serão encaminhados ao Programa Mundial de Alimentação (PMA) da ONU (Organização das Nações Unidas) e ao Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assistência Humanitária (OCHA, na sigla em inglês). Os dados da conta para doação são: agência 0647, Operação 003, Conta: 600-1 em nome do Pnud - Haiti. Não há valor mínimo para as doações.

O Banco do Brasil também abriu uma conta especial em nome da Embaixada do Haiti no Brasil para receber doações. Até a quinta-feira (14), já eram R$ 208 mil em verbas para ajudar a recuperar o país atingido. Hoje, o BB informou que não irá divulgar os valores disponíveis. Os recursos serão utilizados da forma que o governo da ilha caribenha decidir.

O Unicef no Brasil também está recebendo doações para as vítimas do terremoto. As doações podem ser feitas em favor do Fundo das Nações Unidas para a Infância, no Banco do Brasil; agência 3382-0; conta-corrente nº 404700-1. O CNPJ do Unicef é: 03744126/0001-69.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira lançaram a Campanha SOS Haiti. As doações em dinheiro podem ser feitas nas seguintes contas bancárias, com o CNPJ da Cáritas Brasileira: 33.654.419/0001-16:

Banco do Brasil - Agência: 3475-4; Conta Corrente: 23.969-0;
Caixa Econômica Federal - OP: 003; Agência:1041; Conta Corrente:1132-1;
Banco Bradesco - Agência: 0606 ; Conta Corrente: 70.000-2.

Dinheiro do governo
O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta quarta-feira (20) que o Brasil pode doar mais dinheiro para o Haiti, com nova remessa para a reconstrução do país. Segundo o ministro, além dos US$ 15 milhões já disponibilizados, o governo estuda a segunda fase de ajuda às vítimas do terremoto.

"Dinheiro a mais será para a reconstrução. O Brasil vai manter a ajuda ao Haiti, pode ser que seja com mais dinheiro", disse.

A primeira parcela de US$ 5 milhões já está na conta das Nações Unidas. Os outros US$ 10 milhões vão ser transferidos assim que for liberado pelo orçamento da União. "Somente hoje obtivemos o número da conta bancária da ONU destinada às doações e US$ 5 milhões foram depositados", disse Amorim.

O ministro espera que seja autorizado o mais rápido possível o envio de mais homens do Exército no reforço das tropas brasileiras no Haiti. O Congresso Nacional deve votar na próxima segunda-feira o decreto que aumenta em 700 soldados e 100 policiais do Exército o número de militares a serviço em Porto Príncipe.

Celso Amorim disse que foi informado pelo embaixador brasileiro sobre o segundo terremoto que atingiu o Haiti, mas disse que por enquanto não há notícias de novas vítimas do tremor de escala 6,1 que foi registrado há cerca de 60 quilômetros da capital Porto Príncipe.

"Não sei se houve danos em regiões no interior do Haiti, nas áreas rurais, mas na capital não há informação de novas vítimas. O embaixador verificou as áreas já atingidas pelo primeiro terremoto e verificou que aparentemente não havia mais vítimas. A embaixada também não tinha sofrido nada", disse.