Governo do Estado de Mato Grosso do Sul | 11 de janeiro de 2010 - 08:30

SES está alerta ao aumento de casos notificados no Estado

A população de Mato Grosso do Sul precisa ficar atenta com a estação do verão - período de muita chuva em todo país – e propício ao acúmulo de água em diversos locais (lata de lixo, vaso de plantas, pneus, garrafas, etc), o que contribui para a multiplicação do mosquito Aedes aegypti. Também é necessário alertar que os ovos da fêmea do mosquitou botados em 2009 podem estar eclodindo no verão de 2010.
 
Em 2007, a população sul-mato-grossense sofreu uma epidemia, registrando um total de 75 mil casos notificados. Em 2008, o número de notificações caiu para 5.157.

No ano passado, os casos notificados chegaram a 18.420 (sujeito a alteração) – aumento considerável e motivo de alerta tanto para a população quanto para as autoridades em saúde. Desse total, aproximadamente 13 mil foram registrados no primeiro semestre do ano, e o restanto no segundo semestre.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) acompanha atentamente a ocorrência desse início de epidemia em Mato Grosso do Sul. Semanalmente é produzido um relatório que apresenta a situação da doença. Até o momento, oito municípios encontram-se em situação de risco,

Devido a incidência (por 100 mil/habitantes) de casos. São eles: Anastácio (1184,69), Aquidauana (715,67), Bodoquena (5354,16), Jardim (2780,08), Nioaque (1682,17), Pedro Gomes (4585,33), Porto Murtinho (2067,23) e Rio Brilhante (1282,92). Na capital, algumas áreas apresentam surtos da doença, mas a taxa de incidência está em 437,03.

Os isolamentos de vírus da dengue feitos pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul (Lacen) apontaram a presença dos vírus Den1 e Den2. Já o vírus do tipo 3 – mais isolado em 2007 – ainda não foi encontrado no Estado e, até o momento, não se tem registro do vírus tipo 4 em nenhum local do Brasil.  

A dengue é um problema de saúde pública em muitas regiões tropicais do mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a prevalência da doença é maior em áreas tropicais da Ásia e das Américas.

A doença causa, por ano, entre 50 e 100 milhões de casos de febre de dengue, sua manifestação mais branda, e de 250 a 500 mil casos de dengue hemorrágica em todo o mundo. No Brasil, existem três sorotipos circulantes, responsáveis por epidemias severas nos verões de 2001-2002 e 2007-2008.

Sintomas e Cuidados
Depois da picada do mosquito com o vírus, os sintomas se manifestam normalmente do 3º ao 15º dia da infecção. Esse período é chamado de incubação. O tempo médio de duração da doença é de cinco a seis dias. Os sintomas surgem apenas após este período.

Se a pessoa sentir febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas no corpo e dor nos ossos e articulações deve procurar uma unidade de saúde porque pode ser dengue.

Agora, se o cidadão já está com suspeita de dengue e começou a apresentar dores abdominais, vômitos e qualquer tipo de sangramento (principalmente no 3º ou 4º dia do início desses sintomas) deve retornar imediatamente à unidade de saúde porque esses são indícios da evolução da dengue para a forma grave.

Depois de consultar um médico, o paciente deve tomar alguns cuidados como por exemplo, manter-se em repouso, beber muito líquido (inclusive soro caseiro) e só usar medicamentos prescritos pelo médico para aliviar as dores e a febre. O tratamento da dengue é de suporte, ou seja, alívio dos sintomas, reposição de líquidos perdidos.