Folha Online | 7 de janeiro de 2010 - 14:24

Hiperidrose: suor demais, autoestima de menos

 
Entenda a hiperidrose e conheça os tratamentos para a doença
Receio de cumprimentar, andar de mãos dadas, tirar os sapatos ou tentativas constantes de esconder a marca de suor na blusa. Essas são algumas das atitudes que fazem parte da rotina de quem sofre com a hiperidrose - suor excessivo causado por uma disfunção no organismo. As áreas mais atingidas são as axilas, palmas das mãos e plantas dos pés.

O problema atinge tanto homens quanto mulheres e os primeiros sinais costumam surgir no final da infância ou começo da adolescência. "A hiperidrose é classificada pelos médicos em dois tipos: primária e secundária.

A primeira é desencadeada por fatores genéticos, enquanto a segunda está relacionada a alterações hormonais, hipertiroidismo e excesso de peso, entre outras causas" - afirma a dermatologista Dra. Alessandra Nogueira.

Quem sofre com a hiperidrose primária costuma relatar sudorese excessiva, praticamente contínua, e que costuma intensificar em situações de ansiedade, aumento da temperatura ambiente, ingestão de alimentos com muito condimento etc.

Tratamentos
Há diversas opções de tratamento que podem resolver temporariamente ou solucionar o problema de vez, desde o uso de medicações locais até a aplicação de toxina botulínica e intervenção cirúrgica.

Toxina botulínica - a substância pode ser aplicada nas axilas ou palmas das mãos por meio de injeções, no próprio consultório. Os resultados finais são alcançados em cerca de duas semanas e a duração do efeito pode chegar a oito meses, dependendo de cada paciente. É uma ótima opção para quem não quer se submeter a métodos mais invasivos, como cirurgias.

Simpatectomia - consiste na ressecção de um segmento do nervo simpático, corrigindo a hiperidrose localizada. Este procedimento pode provocar sudorese compensatória, ou seja, excesso de suor em outras partes do corpo, o que pode acontecer temporariamente - até que o organismo se adapte com o fim da hiperidrose na área tratada - ou até mesmo se tornar um problema contínuo.

Cirurgia de ressecção das glândulas sudoríparas - procedimento realizado nas axilas, no qual as glândulas responsáveis pela produção de suor são removidas. No pós-operatório é comum ocorrer hematomas.

Clipe de titânio - no lugar de cortar e remover o nervo causador do problema, o nervo é clipado, podendo ser desfeito caso haja insatisfação com os resultados.