O governo da Bolívia admitiu que há tráfico de armas em povoados que fazem divisa com o Paraguai e Brasil e disse que colocará as Forças Armadas do país para investigar os crimes. "Sabemos que há tráfico ilícito de armas nas fronteiras com o Brasil e com o Paraguai”, disse o ministro de Defensa boliviano, Walker San Miguel, sem dar mais detalhes.

Uma investigação interna também será levada em frente para saber se há militares envolvidos. "Pedimos imediatamente ao comandante em chefe para que ele em pessoa vá até as unidades de fronteira mencionadas em reportagens de imprensa, que confirme, desminta ou se caso houver algum indício informe”, disse Walker.

O ministro tornou público o tema depois que o jornal boliviano “O Dia” repercutiu lá as informações de levantamentos brasileiros que mencionavam Bolívia e Paraguai como os dois principais “exportadores” de armas para o tráfico e outros crimes, do lado brasileiro da fronteira.

A Bolívia compartilha 3.100 km de fronteira com o Brasil e 738 km com o Paraguai. Além de armas, traficantes bolivianos também “exportam” drogas para os vizinhos, principalmente cocaína e seus derivados.

Ponta Porã foi apontada junto com outras cidades do Brasil como porta de entrada dessas armas no Brasil.