G1 | 5 de janeiro de 2010 - 15:14

Butantan começa a fornecer vacina contra nova gripe

O Estado de São Paulo começa nesta terça-feira (5) a fornecer os primeiros lotes da vacina contra o vírus A (H1N1), o causador da nova gripe . Ao todo serão enviados 41 milhões de doses para o Ministério da Saúde, responsável pela distribuição para todo o Brasil.



A produção nacional não entra na conta, porque a fábrica de vacinas do Butantan ainda não foi certificada pelo laboratório francês Sanofi-Pasteur, que cedeu a tecnologia de produção, nem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).



Na mão, o instituto tem no momento 5,6 milhões de doses (13,5% do total anunciado).



Por enquanto apenas centros regionais de saúde receberão o produto. A campanha de imunização em si deve começar entre março e abril, para estar concluída antes do começo do inverno, período propício para a disseminação de influenza.



Dos 41 milhões de doses, 1 milhão chegam do laboratório francês Sanofi-Pasteur prontos para uso. No dia 30 de dezembro, 600 mil doses dessa parcela já haviam chegado às instalações do Instituto Butantan.



Outros 23 milhões virão dos Estados Unidos em frascos. Só a rotulagem será realizada no Brasil.



Mais 17 milhões de doses a granel, também da França, serão formuladas, envasadas e rotuladas no instituto. Ainda não é certeza, mas elas podem acabar rendendo 34 milhões de imunizações, com o uso de adjuvantes, substâncias que permitem dobrar o aproveitamento das substâncias. O emprego desse artifício, comum na indústria farmacêutica, vai depender de autorização da Anvisa. Dessa parcela, 5 milhões já chegaram ao Butantan.

O restante deve chegar até o início de março.



O critério para vacinação deve ser priorizar os trabalhadores da área da saúde envolvidos no atendimento de casos de nova gripe, gestantes, portadores de doenças crônicas e população indígena. O ministério estuda a possibilidade de vacinar crianças entre 6 meses e 2 anos e adultos saudáveis.

O que está definido é que todas as vacinas serão distribuídas em ampolas para aplicação intramuscular única (descartando spray nasal, usado nos EUA, por exemplo).