Dourados Agora | 5 de janeiro de 2010 - 06:57

Limpeza pública poderá ser feita por detentos

Diretor do semi-aberto diz que entre 40 a 50 homens estão aptos a manter Dourados limpo
detentos já fizeram limpeza nas ruas e escolas de Dourados

César Cordeiro*

Diante das dificuldades que o município vem enfrentando para manter a limpeza pública em Dourados, tendo em vista a não renovação de um contrato com uma empresa terceirizada, o Estabelecimento Penal Semi-aberto de Dourados se coloca a disposição para tentar minimizar o problema propondo a celebração de convênios com a Prefeitura como já foi feito no passado e como é o caso da Embrapa que hoje é atendida por este tipo de serviço.
O diretor do Estabelecimento Penal Semi-aberto, Antonino Rebeque, se recorda de um trabalho que foi feito pelos internos quando a revitalização do Parque Antenor Martins do Jardim Flórida e também de várias escolas da rede estadual de ensino passaram por ampla limpeza. O resultado foi positivo.
À disposição, Rebeque teria hoje de 40 a 50 homens que estão aptos ao serviço braçal durante o dia, para que a noite possam se apresentar ao semi-aberto. Além disto, existem vários detentos que ficam trancafiados no sistema intra-muros porque não podem ficar soltos durante o dia sem ter nenhum tipo de ocupação. Estes podem suprir todas as necessidades emergenciais de limpeza pública da cidade.
Rebeque afirma que em certa oportunidade já expôs as vantagens deste convênio ao secretário de Governo Alziro Moreno, sendo que as conversas neste sentido não avançaram.
A reportagem de O PROGRESSO entrou em contato ontem com o secretário municipal de Serviços Urbanos Marcelo Hall. O mesmo confessou não ter pensado nesta idéia, mas a levaria para uma reunião com o prefeito Ari Artuzi.  
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – Sejusp, através da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário – Agepen, vem buscando este tipo de parceria em todo o Estado. 
Essas parcerias firmadas entre a Agepen e entidades públicas ou particulares, são fundamentais no processo de ressocialização dos internos. "Você ajuda na questão da reinserção ao convívio social destes internos e ao mesmo tempo resolve um problema de maneira prática e eficiente", disse Antonino Rebeque. (*Especial para O PROGRESSO)