Agência Brasil | 2 de janeiro de 2010 - 09:08

Microsseguro vai inserir população pobre no mercado de seguro

O lançamento do microsseguro, em 2010, vai alavancar as carteiras de seguros de pessoas no país, avaliou em entrevista à Agência Brasil o presidente do Clube Vida em Grupo do Rio de Janeiro (CVG-RJ), Lucio Marques. “



O microsseguro vai ter uma grande chance de atingir 100 milhões de brasileiros da população de baixa renda, que estão sem acesso à cobertura de riscos, não só pessoais, como também de patrimônio”, disse Marques.



O presidente da CVG-RJ estimou que o mercado segurador nacional como um todo terá um fechamento bastante positivo em 2009, com expansão entre 10% a 15%, em razão da crise financeira internacional.


Em 2010, ele acredita que o mercado vai continuar crescendo. “Espaço a gente tem. Possibilidade de crescer nós temos, principalmente nas carteiras de seguros de pessoas, porque nós estamos muito aquém da comunidade mundial”.



Criada há 43 anos com o objetivo de estimular o crescimento dos seguros de pessoas no Brasil, o CVG-RJ reúne empresas seguradoras, corretoras e assessorias de seguros que operam nesse segmento de seguros. A entidade estimulou o surgimento de outros CVG em São Paulo, no Rio Grande do Sul, Paraná e Espírito Santo.



Segundo informou Lúcio Marques, o faturamento das carteiras de seguros de pessoas no Brasil alcança em torno de US$ 12 bilhões/ano, correspondendo a cerca de 16% da população ativa, enquanto o mercado mundial atinge mais de 50% da população ativa nessas carteiras. Somente nos Estados Unidos, o faturamento do setor é de US$ 600 bilhões anuais.



Os seguros de pessoas englobam os ramos vida, previdência, saúde e acidentes pessoais, entre outros.


A criação de novos produtos direcionados às classes C, D e E e a abertura do mercado de resseguros devem influenciar muito o mercado, analisou Marques. “Você deve ter muita concorrência positiva, de interesse mais do consumidor do que do próprio mercado, eu diria”.


Marques previu que o crescimento do mercado segurador em 2010 e 2011 deverá repetir o patamar de 2009, porque não se tem ainda uma visão mais detalhada do que pode ocorrer no mundo pós-crise. “Acho que já seria bastante bom para o mercado de seguros”.