Os beneficiários do Bolsa Família receberam R$ 12,4 bilhões do governo federal entre janeiro e dezembro de 2009, 13,8% a mais do que em 2008. No ano passado, foram investidos R$ 10,9 bilhões no programa.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o reajuste de 10% nos valores do benefício a partir de setembro e a inclusão de mais 1,3 milhão de famílias no Bolsa Família durante o ano contribuíram para chegar a esse montante.

O ministério também repassou R$ 207,3 milhões para os municípios investirem nas ações locais do programa por meio do IGD (Índice de Gestão Descentralizada).

Os valores transferidos a 12,3 milhões de famílias, que variam entre R$ 22 e R$ 200, são investidos em alimentação, material escolar, remédios e vestuário infantil.

O programa exige a frequência escolar dos alunos beneficiários e o cumprimento da agenda de saúde.

Na semana passada, o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, prometeu a concessão do Bolsa Família e do BPC (Benefício de Prestação Continuada) --salário mínimo a pessoas com mais de 65 anos cuja renda per capita familiar seja inferior a 1/4 do salário mínimo-- aos moradores de rua do país.

O universo de beneficiários pode chegar a 60 mil. Segundo a assessoria do ministério, a concessão dos benefícios dependerá do esforço para o enquadramento dos moradores de rua nos pré-requisitos legais do Bolsa Família, como mutirões para emissão de certidão.

Uma das hipóteses seria permitir que os centros de assistência social sejam usados para comprovar residência.