Folha Online | 15 de dezembro de 2009 - 17:04

Dólar fecha a R$ 1,75; Bovespa perde 0,40%

A moeda americana teve um repique na jornada desta terça-feira após três dias consecutivo de queda. A economia americana assustou um pouco os investidores, com uma alta acima do esperado da inflação no atacado. Amanhã, o banco central americano anuncia a nova taxa básica de juros desse país.

O dólar comercial foi vendido por R$ 1,754, em alta de 0,57%, nas últimas operações desta terça-feira. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,768 e R$ 1,749. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,860, em um avanço de 0,54%.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sofre queda de 0,40%, aos 69.071 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,6 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 0,37%.

Profissionais de mercado apontam que a proximidade do final de ano tem contribuído para esvaziar os negócios, ao mesmo tempo que aumenta a volatilidade dos preços.

Hoje, a procura por moeda por agentes financeiros interessados em zerar seus compromissos financeiros antes do término do ano contribuiu para alguma pressão sobre as taxas de câmbio. "Isso ocorreu no mercado futuro mas também no câmbio comercial. E parece que dever alguma pressão de alta sobre dólar, pelo menos até o final do mês. É difícil que atinja R$ 1,80, mas o mercado mostra que a taxa não deve cair abaixo de R$ 1,73 ou R$ 1,75", comenta Marcos Trabold, operador da corretora B&T.

O Banco Central realizou leilão de compra e aceitou ofertas por R$ 1,7600 (taxa de corte). O Tesouro Nacional anunciou a reabertura de captação de recursos no exterior, por meio da emissão de títulos com prazo para janeiro de 2019. Segundo corretores, a notícia teve impacto restrito sobre a formação da taxa de câmbio, sem conhecimento do montante captado.

Juros futuros

O mercado de juros futuros, que sinaliza o custo do dinheiro para os bancos, voltou a puxar as taxas projetadas nos contratos de prazo mais longo.

No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista avançou de 9,78% ao ano para 9,83%, enquanto no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada subiu de 10,36% para 10,43%. Esses números ainda são preliminares e podem sofrer ajustes.