G1 | 16 de dezembro de 2009 - 06:45 MUNICÍPIOS

Quase 3 mil municípios não têm agências de bancos federais, diz Ipea

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que quase três mil municípios não têm agências de bancos públicos federais. 

O estudo mostra como atuam, em cada cidade, os serviços governamentais básicos como previdência, assistência social, saúde, educação, trabalho, bancos públicos, infraestrutura, segurança pública e cultura. Os dados são usados pelos técnicos do instituto para ajudar a formular políticas públicas.

De acordo com o levantamento, os bancos públicos federais – Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco do Nordeste do Brasil (BNB) – somavam 6.663 agências em 2008 para atender todo o país.

O estado com menor número de agências de bancos públicos é Roraima, com apenas dez unidades, seguido do Amapá com 17 e Acre com 22. No total, a região Norte contabilizava 334 agências; já na região Centro-Oeste, eram 572.

No Sudeste são 2.691 agências; destas, 1.375 estão em São Paulo, 712 em Minas Gerais, 460 no Rio de Janeiro e 144 no Espírito Santo. A região sul tinha 1.530 agências, segundo a pesquisa. 

População

De acordo com o Ipea, a Região Sudeste é a mais populosa. As 1.668 cidades têm o maior número de jovens atendidos em ações socioeducacionais. O Nordeste é a segunda região mais populosa do Brasil. Os moradores dos 1.792 municípios recebem praticamente metade dos benefícios rurais de previdência social pagos no país.

A região Sul é a terceira mais populosa, com cerca de 27,5 milhões de habitantes, distribuídos em 496 cidades. O Ipea considera a densidade demográfica do Sul privilegiada para os serviços públicos de saúde e educação. No Norte do país, os pesquisadores do instituto reuniram indicadores básicos, como população, número de famílias pobres e PIB dos 449 municípios da região. 

A região Centro-Oeste é a menos populosa do país, de acordo com dados de 2008 do IBGE, e concentra 9,1% dos ocupados no setor público. O estudo do Ipea indica que, como ocorreu nos países desenvolvidos, o emprego público geralmente cresce à medida que se efetua o desenvolvimento econômico. Isso se explica pela necessidade de aumento dos serviços públicos de infraestrutura, educação e saúde.